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Iniciadas há 1 ano, obras da “Buzolin” completam 7 meses de atraso

Levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) indica que o número de obras paradas ou em atraso no Estado subiu de 762 para 784, entre outubro de 2022 e abril deste ano. Desse total, 507 estão paralisadas e outras 277, em atraso. Desde 2008, quando a obra mais antiga da lista deveria ter sido entregue, tais empreendimentos já consumiram R$ 12.912.409.071,38 em recursos públicos. 

“Além do óbvio desperdício de dinheiro, isso preocupa porque são obras que poderiam estar beneficiando os cidadãos, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Afinal, estamos falando, principalmente, de empreendimentos nas áreas de mobilidade urbana, saúde e educação. Isso é inadmissível”, afirmou o Presidente do TCESP, Sidney Beraldo. 

Em Limeira, a obra constada é de instalações elétricas e de prevenção e combate a incêndio para o banco de materiais e olaria ecológica da Secretaria de Habitação. O investimento é de mais de R$228 mil. A lista apresentou uma queda de obras paralisadas em relação ao primeiro trimestre de 2022, já que a Prefeitura executa as obras, mesmo que a passos lentos, como ocorre na Praça João Soares Pompeo, localizada na Avenida Maria Buzolin. 

A obra em si não é citada pelo TCESP, mas já vem gerando inúmeras reclamações por parte de munícipes e comerciantes. Lembrando que os trailers tiveram um mês para se deslocar da praça para o início das obras que tinham previsão de conclusão em seis meses. Neste mês, completou-se um ano do início da reforma com uma série de atrasos. 

A reforma da praça foi orçada em aproximadamente R$ 1,5 milhão, de recursos do Finisa. O contorno da praça foi remodelado, todo o piso vem sendo trocado, os canteiros serão reformados e haverá novos bancos, brinquedos, infraestrutura e projeto paisagístico. Além disso, vem sendo construídos banheiros com acessibilidade.

No final do ano passado, durante vistoria da Comissão de Obras da Câmara, o secretário de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura, Dagoberto de Campos Guidi, informou que a obra demorou ainda dois meses para começar devido “a dificuldade de retirada dos trailers”.

Originalmente marcada para no dia 14 de novembro de 2022, outro problema foi citado: o dreno da fonte. De acordo com nota enviada pela Secretaria de Comunicação para a Rádio Educadora, o dreno da fonte da praça apresentou um problema que “requer um procedimento mais complexo”. 

No Jornal Oficial foram constados mais dois aditivos para aumentar o prazo das obras. A extração das árvores, que gerou revolta na população, também foi anunciada como “complexa” e atrasou as obras de revitalização na praça. Em janeiro, por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade, a prefeitura iniciou vistorias preventivas nas árvores localizadas onde há grande circulação de pessoas.  

Há três semanas, a prefeitura divulgou um vídeo institucional citando que as obras estão em fase “final”. Nesta semana, leitores da Gazeta questionaram o atraso das obras. “É perceptível ao passar pelo local que as obras estão bem longe de ser finalizadas. A prefeitura anunciou que já está em fase final, mas o que se vê são poucos funcionários trabalhando no local, um completo descaso com os moradores da região e principalmente com os comerciantes dos trailers”, disse o morador que preferiu não se identificar. 

Na próxima quinta-feira, dia 22 de junho, a partir das 14h30, os vereadores da Comissão de Obras vão visitar novamente a Praça João Soares Pompeo. A última visita realizada pelo colegiado ao local ocorreu em fevereiro deste ano. O colegiado é integrado pelos vereadores João Antunes Bano (Podemos), presidente; Francisco Maurino dos Santos, Ceará (Republicanos), vice-presidente; e Lu Bogo (PL), secretária.

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