Etapa final ocorrerá na cidade de Pomerode, Santa Catarina, entre os dias 2 e 6 de outubro

O trabalho de conclusão do curso Técnico em Química desenvolvido pela aluna Mariana Vitória do Nascimento, da ETEC Trajano Camargo foi selecionado para a final da Feira Brasileira de Iniciação Científica (FEBIC), sendo o único representante do município no evento. A etapa final ocorrerá na cidade de Pomerode, Santa Catarina, entre os dias 2 e 6 de Outubro. 

O trabalho intitulado “Comparação entre a técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) e do Cass Test utilizado pela indústria na avaliação da resistência à corrosão” foi orientado pelo professor Yuri Alexandre Meyer, da Faculdade de Tecnologia (FT/Unicamp) e pela professora Jéssica Carolina Paschoal de Macedo, da Etec Trajano Camargo.

Segundo Meyer, a ideia central desse projeto é mostrar que a técnica utilizada pela academia, no estudo de resistência à corrosão, pode ser um grande aliado das indústrias, “uma vez que mostra aspectos quantitativos e qualitativos, além de fornecer o entendimento por completo do mecanismo de corrosão de um determinado material, diminuindo os custos dos ensaios a longo prazo”. Destaca ainda que “na Engenharia, precisamos, basicamente, fornecer duas respostas: qual é a resistência mecânica e qual é a resistência à corrosão de uma determinada peça. Entretanto, em muitos casos, ao melhorar uma dessas propriedades, a outra piora. Precisamos então buscar um equilíbrio entre a resistência mecânica e a resistência à corrosão. Neste sentido, a técnica de EIS permite que esse objetivo seja alcançado”, comenta.

Para a professora Jéssica, “além da relevância acadêmica deste projeto, a parceria estabelecida entre escola-universidade é muito enriquecedora para a estudante, em especial por fornecer espaços para a iniciação científica das jovens estudantes de nossa cidade, que desse modo podem também almejar um futuro profissional como pesquisadoras em nosso país, que tanto necessita de investimentos nesse setor”, diz.
A professora reitera ainda que “projetos dessa natureza apontam as potencialidades da educação técnica de qualidade, oferecida pelas Escolas Técnicas Estaduais, visto que, ao reconhecer um desafio enfrentado pela indústria, a estudante Mariana pode estabelecer pontes entre o conhecimento técnico ofertado em nossa instituição, no âmbito do curso técnico em química, para buscar novas metodologias e técnicas para a resolução dessa problemática, evidenciando assim o alinhamento entre a formação técnica ofertada e a realidade vivida pelas indústrias de nossa região”.

OPORTUNIDADE

Para Mariana, a oportunidade de representar a cidade e sua escola em um evento dessa magnitude é uma vivência sem igual. Quanto ao novo desafio, a estudante afirma que poder iniciar um projeto científico faz com que a experiência do ensino médio e do curso técnico se torne ainda mais interessante. “O projeto, além de me instigar a aprender muito sobre o estudo da corrosão, métodos científicos e impactos econômicos, fez com que minha visão de mundo mudasse, me ensinou a pensar fora da caixa”. Mariana ainda falou sobre a importância dos professores durante o desenvolvimento do projeto: “Sem dúvida o apoio dos professores e da escola durante o processo fez toda a diferença, sem eles jamais seria possível chegar até aqui”.

Meyer enfatiza que a Unicamp promove a sinergia entre o mundo acadêmico e a sociedade através das extensões: “Como cientistas queremos que o nosso trabalho chegue à sociedade. Nossa universidade proporciona todas as condições para que possamos nos aproximar da sociedade. Projetos como esse, desenvolvidos em conjunto com a Etec, são de grande relevância social. Agradeço a todos os diretores, coordenadores, professores e funcionários, de ambas as instituições, que permitiram o desenvolvimento deste projeto”.   

Foto Divulgação
Estudante com os professores orientadores do projeto selecionado