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Em Limeira, fila de acolhimento no Cema tem quase 100 pacientes

 

Anunciada no ano passado, com investimento de R$2 milhões, a transferência do Centro de Especialização Municipal do Autista (Cema) de Limeira ainda segue no papel. Em resposta, nesta semana, à Comissão de Saúde da Câmara, a Secretaria de Saúde informou que a fila de espera para acolhimento e avaliação é de 95 pacientes. 

 

O Cema é um programa ligado a Assessoria Departamental de Saúde Mental vinculada à Secretaria Municipal de Limeira, onde presta serviços públicos, atendendo tantas pessoas quanto possíveis com autismo e também gerando conhecimentos sobre esta patologia. 

 

Atualmente o CEMA presta atendimento a autista de ambos os sexos, na faixa etária de 3 a 30 anos, assistidos diariamente e semanalmente, com profissionais especializados nesta área.

 

Quando anunciado, a Prefeitura destacou que a transferência do atendimento para a região central de Limeira estava prevista para o primeiro semestre de 2024 em novo prédio, e que esta ampliação permitirá aumentar o número de atendimentos. O CEMA iniciou os atendimentos em 2019 com 40 pacientes e hoje atende mais de 230.

 

A unidade conta com uma equipe multidisciplinar, com terapeuta ocupacional, psicólogo, educador pedagógico, fonoaudióloga e fisioterapeuta, além de um psiquiatra infantil. O acesso ao serviço, para a avaliação inicial, ocorre por meio de encaminhamento médico, emitido pelas Unidades Básicas de Saúde. 

 

A Prefeitura alegou que a ampliação deve-se a estrutura atual do prédio que não comporta mais a demanda de novos pacientes atendidos (em média, 29 pessoas são diagnosticadas pela rede municipal de saúde a cada mês com o Transtorno do Espectro Autista – TEA), reforçar o atendimento multidisciplinar e a necessidade de transferir o serviço para um local mais central.

 

Sobre as obras de infraestrutura do Cema, a Secretaria de Urbanismo informou aos vereadores que o projeto arquitetônico de reforma já foi concluído e que os projetos de cálculo estrutural, instalações hidrossanitárias e de segurança contra incêndio estão “em fase final de elaboração”.

 

FILA PODE SER MAIOR

 

A Gazeta divulgou recentemente que em Limeira 350 pessoas são diagnosticadas com TEA, por ano, só na rede pública, ou seja, a fila de espera pode ser ainda maior. José Milton – do Grupo Inclusão Já - destaca que é necessário que o atendimento prestado pela Prefeitura aumente na mesma proporção que o número de diagnósticos, pois, segundo ele, se o autista não tem o atendimento necessário na primeira infância, a autonomia dele é comprometida para o resto da vida. “O que os autistas perderam por conta da falta de tratamento não poderão recuperar, pois o melhor período de suas vidas em que poderia ser realizada a estimulação para que ganhassem autonomia, esse tempo foi desperdiçado. Cada oportunidade deixada para trás é uma parte do futuro deles que deixa de existir”, declarou.

 

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