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Desvio de funções afeta merendeiras e auxiliares

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsel) informou ontem a realização de um encontro setorial, desta vez, com profissionais auxiliares gerais e merendeiras. Foram discutidos temas sobre as principais dificuldades de suas categorias atualmente, demandas antigas que, segundo a entidade, não foram solucionadas pelo governo municipal.
“Há muitas queixas sobre desvios de funções e acúmulos de tarefas. No caso das merendeiras, há relatos de profissionais afastadas ou número menor de servidores deste cargo em escolas específicas, o que faz com que em muitas situações se tenha apenas uma ou duas merendeiras para cozinhar, lavar louça e organizar toda a dinâmica de uma cozinha escolar que atende cerca de 500 crianças por dia”, cita a entidade.

Houve também reclamações sobre os materiais de limpeza como detergente e sabão, o que tem causado alergia nas trabalhadoras. “Inclusive, esses produtos não têm qualidade condizente com a licitação anterior”, citou uma servidora ao Sindsel.

Monitores, em apoio aos auxiliares gerais também reforçaram as denúncias sobre problemas com produtos, além da necessidade de ajuda de auxiliares por falta de monitores.

O sindicato informou sobre a discussão antiga a respeito de insalubridade e periculosidade dessa categoria. O sindicato explicou que tanto insalubridade, quanto periculosidade, deve ser concedida através de normas regulamentadoras feitas pela medicina do trabalho, portanto, não é um benefício concedido apenas por vontade política.
“Temos que lutar por um ambiente seguro e saudável para o trabalho. Se recebemos insalubridade é porque o ambiente traz problemas para nossa saúde. Garantir instrumentos de trabalho para proteger a saúde é nossa primeira meta, então denunciem práticas que maltrate a saúde do trabalhador”, destacou Nicinha Lopes, presidente do Sindsel.

A direção da entidade reforçou a necessidade do engajamento dos auxiliares gerais e também das merendeiras, para que cheguem fortalecidos em 2024, buscando melhorias para a categoria.

A entidade relembrou que já foi protocolado o “pacote de bondade”. Em comemoração ao mês do servidor, o sindicato pede que a Prefeitura conceda 12% de aumento no piso para os auxiliares, criando um efeito cascata para todos os servidores. Além disso, o pacote pede vale-alimentação para todos.

 “Continuaremos a dialogar com Botion a necessidade de valorizar o piso da categoria (auxiliares gerais) que é R$1.904, um salário pífio, mais que a metade vai só em aluguel, se formos calcular os custos de vida atuais. Nossa meta é, se não conseguirmos isso com a atual prefeitura, vamos debater com os prefeituráveis em 2024”, reforçou Nicinha.

 

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

Outra queixa que surgiu em grande número não só na reunião desta terça, mas nos encontros setoriais que já ocorreram de outras categorias, diz respeito ao atendimento de crianças que necessitam de atendimento especializado nas escolas.

“Na reunião da noite desta terça, há relatos de monitores e até mesmo auxiliares gerais que acabam desempenhando papel de cuidador, sem que a criança seja assistida de maneira correta.

O Sindsel salienta que é direito da criança, perante a lei, frequentar a escola, além de contribuir para seu desenvolvimento. Mas, é importante dizer que esse acesso precisa ser garantido de forma saudável tanto para a criança, quanto para os servidores”, disse a entidade.

O próximo encontro acontece na terça-feira (19), presencialmente no Sindsel, às 19h30, para assistentes sociais, educadores, SUS e SUAS.

A Gazeta abriu espaço para a Prefeitura de Limeira comentar sobre as demandas, mas não houve retorno até o fechamento da edição.

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