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Murilo Félix avalia o Feirão da Empregabilidade e confirma 2ª edição

O Feirão da Empregabilidade foi sucesso de público. Os organizadores avaliaram positivamente o evento, que atraiu centenas de pessoas em busca de oportunidades de trabalho. A feira agregou as empresas, que tiveram a oportunidade de divulgar suas vagas e selecionar candidatos qualificados.  O evento atraiu mais de 800 candidatos, que puderam se candidatar a mais de 200 vagas de emprego disponíveis. A oferta de emprego abrangeu diferentes áreas profissionais, atendendo a demanda de diversos perfis de candidatos.

O evento aconteceu na FAAL (Faculdade de Administração e Artes de Limeira) com apoio da Workpower, Félix Garden e do ex-deputado Murilo Félix. Através do feirão, os participantes puderam conhecer as empresas presentes, distribuir currículos e até mesmo realizar entrevistas diretamente com os recrutadores. Além disso, foram oferecidos workshops e palestras com dicas valiosas sobre como se destacar no mercado de trabalho e alcançar o sucesso profissional.

 

Em entrevista para a Gazeta, Murilo Félix destacou que o Feirão da Empregabilidade é uma ferramenta muito dinâmica para ajudar a combater o desemprego. “Quando tive a ideia levei à FAAL e à Workpower. Eles abraçaram. A contribuição foi importante para reduzir o índice de desemprego que está em 7,9% hoje no Brasil. Nesta semana, dados do IBGE apontaram 8,5 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade de trabalho. Isso reflete diretamente na economia e a sociedade, afinal, quem trabalha também consome, contrata, paga outros empregos. A pessoa trabalhando paga um mecânico, compra uma roupa e assim vai”, disse.

 

Sobre as vagas, Murilo destacou a importância do primeiro emprego. “Uma das coisas que percebi é que às vezes a pessoa não tem experiência, mas tem muita vontade de aprender. E as empresas mostraram que querem investir nos seus funcionários. Na verdade, precisam investir.  Outra questão foi o desconhecimento tanto de algumas empresas, como das pessoas com deficiência, PCD. Existe uma lei, mas pouca informação. Para mim, as empresas deveriam ter desconto nos impostos para contratarem mais pessoas com deficiência. Elas também têm direito a dignidade, a comprar coisas para sua vida, uma roupa, aquilo que ela precisa”, afirma.

 

Questionado se Limeira tem falta de qualificação e de preparação da mão de obra, Murilo enfatizou: “Muito. Antes existia a Escola do Trabalho que formava milhares de pessoas por ano em diversas profissões. As profissões mudaram e a Escola não existe mais. Não pode ser cada um por si. Quando a pessoa está sem emprego sofre ela, mas sofremos todos. Não há desenvolvimento com gente sem trabalho. O estado tem que socorrer. Depois tem que aumentar imposto pra pagar o socorro, previdência, seguro-desemprego”, destaca.

 

Outro ponto alto do evento foi a palestra com o Alfredo Rocha. “Orgulho nosso como um dos grandes palestrantes do Brasil. Falamos sobre o novo emprego, sobre a empregabilidade, sobre a pessoa ter capacidade de mudar, de se adaptar. Capacitação e qualificação são fundamentais para quem procura se inserir no mercado de trabalho, mas a qualificação antes na história do emprego era dar um curso para a pessoa. Hoje, a qualificação vai muito além disso, é preciso criar no candidato a capacidade de tomar decisões, de ter opinião, propor soluções. Isso é iniciativa. Qualificação não é mais um diploma, diploma não garante mais emprego como antes. Hoje, há muitos desempregados com diploma na mão.  Antes se pensava só no profissional, agora se pensa na pessoa, ou seja, o que importa é o potencial da pessoa. No passado, ouvia-se muito alguém dizer com orgulho que trabalhou 10 ou 30 anos em uma empresa. Isso não tem mais hoje. Isso pode ser bom, mas pode ser ruim. As pessoas não procuram mais a filosofia da empresa. O patrão investe na pessoa, mas a pessoa também tem que investir e conhecer a filosofia da empresa.

Ouço de alguns empresários hoje que tem gente que pede para ser mandada embora para sacar o FGTS e receber o seguro desemprego. As vezes o auxílio Brasil é motivo para pessoa se acomodar, isso está errado. Então ela pediu para sair, está desempregada e gastou o dinheiro. Ouvi dos empregadores que não querem mandar embora, mas a pessoa quer ser demitida. Não é regra, é exceção, mas acontece”, destaca.

 

Sobre a previsão para a segunda edição do Feirão, ele afirma: “Na verdade não era previsto, mas o sucesso foi tão grande que acho que não deve parar. Todos aprendemos com isso. A FAAL deu exemplo, a Workpower ajudou, as empresas vieram com seus RHs especializados e as pessoas que queriam trabalho compareceram. Talvez em um outro devêssemos provocar os governos sobre reduzir impostos sobre a folha de pagamento, pesar menos para o empregador, estimular as contratações e não desestimular. Do lado do trabalhador é preciso investir em educação, preparação, disciplina, responsabilidades, novas profissões como tudo em tecnologia, marketing digital, inglês e na determinação individual. Com vontade e conhecimento é que se vence”, disse.

 

De acordo com a diretora geral da FAAL, Kênia Lyra, o evento teve uma repercussão na cidade muito positiva. “Nosso país ainda enfrenta muita dificuldade e a população tenta viver/sobreviver diante deste cenário.  Sabemos que o poder público tem a sua contribuição para tentar ajudar a população, mas não é o suficiente, as empresas privadas também podem ajudar neste sentido. Uma ação como essa ajuda muitas pessoas que procuram por trabalho, é muito triste ver tanta gente desempregada. Espero que muitas delas de fato consigam se recolocar no mercado, o trabalho traz dignidade, traz esperança, traz o sustento, faz a economia girar, dentro outros benefícios. Trazer as empresas foi importante também para nossos alunos, trazendo oportunidade de se candidatarem às vagas de emprego também, trazendo experiência à eles durante sua formação”, disse.

 

João Vicente Carvalho e Tayana Leme, da Workpower, destacaram que além de promover a oferta de vagas de emprego, o Feirão também fortaleceu a relação entre empresas e candidatos. Através da feira, as empresas conseguem identificar profissionais qualificados para integrar suas equipes, enquanto os candidatos têm a oportunidade de conhecer melhor o mercado de trabalho e as demandas das empresas. “O feirão foi muito bom, fomos objetivos e com certeza superou nossas expectativas, não esperávamos a quantidade de pessoas que compareceram. Foi excelente trabalhar com as empresas, teve muita interação dos candidatos/empresa/ clientes”, afirma. Para a próxima edição do Feirão da Empregabilidade, a intenção é ampliar ainda mais o número de vagas de emprego disponíveis e oferecer uma experiência ainda melhor para os participantes.

Legenda: Kênia, Joã

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