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Para Jorge Lima, Limeira precisa fomentar o mercado de semijoias

Com mais de 600 lojas e abrangendo mais de 28 mil pessoas, o mercado de semijoias é um dos grandes destaques do comércio de Limeira. Em encontro com empresários da cidade e da região, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jorge Lima, destacou a potência do município e a importância em se investir mais nesse setor. O objetivo do Governo do Estado, segundo ele, é regionalizar e potenciar o crescimento econômico e para isso ele destaca a importância da coalizão empresarial.

 

No encontro promovido pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) na noite de quarta-feira, lideranças políticas e empresários participaram de um encontro com a presença de Jorge Lima. A diretoria do Ciesp apresentou o perfil socioeconômico da região, quais as principais demandas do setor e o plano de ação imediato para alavancar a economia das cidades que abrangem a regional (Limeira, Cordeirópolis, Engenheiro Coelho e Iracemápolis).

 

“O governador Tarcísio tem essa visão muito empreendedora. Ele é um executor nato e muito inteligente. Então, qual o objetivo dele? Dividir o estado de São Paulo em 16 regiões administrativas e fomentar a economia de cada região. Só que ao começar a visitar as cidades, descobrimos que a região metropolitana de Campinas é muito grande, então estamos subdividindo. Achamos que Limeira merecia um olhar diferente e montamos uma coalizão empresarial com o apoio do Ciesp e vim escutar o que os empresários estão pensando, discutir alguns pontos e depois fazer um trabalho de coalizão”, explicou.

 

Jorge destacou que o objetivo agora é o imediatismo. “O que temos a curto, médio e a longo prazo? A intenção é realizarmos quatro reuniões por ano, pra que tenhamos tempo de fazer um ‘follow up’ e ampliar as demandas dos empresários. Por que no fundo quem tem o dinheiro é o setor privado. O Estado já tem muita coisa para olhar como a saúde, a educação e o Estado não foi feito pra ser dono de empresa. Eu preciso escutar os empresários”, disse.

 

Em entrevista para a Gazeta, Jorge destacou a importância do setor de semijoias em Limeira. “ O setor aqui é muito forte. Minha pergunta é, por que não cresce mais? O que o Estado pode fazer para crescer mais? Por que não temos outras empresas aqui? O que falta para aumentar o consumo? O que eu faço para atrair as pessoas? Precisa investir em turismo? A questão é, como é que eu atraio o turismo nesse setor? Precisa de crédito? São esses pontos que precisamos discutir e elaborar estratégias”, afirma.

 

Lima ainda destacou a importância da integração. “Nosso governador sempre enfatizou em trabalharmos o 3D: que é de dignidade, de desenvolvimento e um que é mais forte que é o de diálogo. Por isso essa coalizão precisa ser feita com os empresários, com a prefeitura e com o governo federal e assim consigo entender qual a vocação de cada cidade”, destaca.

 

O secretário já visitou 166 cidades, das 645 do estado de São Paulo. Ele enfatizou que é preciso conhecer a característica de cada uma. “Às vezes uma cidade quer investir em uma indústria de 20 mil trabalhadores e só tem 5 mil habitantes. É preciso ter um choque de realidade, pensar no imediato. O que cabe na vocação da cidade? A gente trabalha muito pouco no setor de pequenas e médias empresas e indústrias. O que pode ser melhor para cada cidade? As vezes pode ser uma empresa de mil funcionários e as vezes pode ser de dez empresas com 100 funcionários”, explica.

 

Em pesquisa, Ciesp elenca as principais demandas da região

 

Além da semijoia, o Ciesp elencou outros dois grandes setores em Limeira: o setor de Viveiros de Mudas que tem aproximadamente 125 empresas e representa 10% do Estado de São Paulo e outro grande setor que é o de Tecnologia da Informação e Comunicação com um de 280 empresas.

 

Na pesquisa realizada com os empresários eles destacaram que entre as principais demandas para o melhoramento do setor de Viveiros e Mudas é o fortalecer o polo local com tecnologias e aprimoramento genético, aproveitando o potencial regional e explorar o setor agrícola da região investindo em universidades com expertise no assunto.

 

No setor de semijoias, a mão de obra qualificada explorando o selo “de capital nacional da joia folheada” e a preparação da cadeia produtiva para boas práticas ambientais, suporte logístico e hospedagens (rede hoteleira) para os diversos clientes que vem atrás do produto de vários lugares do mundo também foram elencados. Já no setor de tecnologia, é preciso fortalecer a divulgação e integração com as empresas regionais, aproveitando o grande potencial desse segmento, o suporte na formação de Mão de Obra especializada e a velocidade nas linhas de transmissão, com internet mais rápida.

 

De um modo geral, os empresários destacaram a disponibilidade de mão de obra, oferta e custo da infraestrutura logística (ferroviário), oferta e custo de energia (problema sério de oferta), segurança pública, instituições financeiras (opções extra privado), carga tributária, NR12, distrito industrial adequado, fornecedores locais, universidades e centros de pesquisa e escolas de formação profissional.

 

 

 

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