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70% dos atendimentos em pronto socorro deveriam ocorrer em UBSs

 

Dados foram apresentados por representantes de hospitais e apontam necessidade de ações de conscientização

 

Representantes dos hospitais de Limeira participaram nesta semana de uma reunião com a Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo da Câmara Municipal. Entre os dados apresentados, está o fato de que 70% dos atendimentos que ocorrem nos prontos-socorros em Limeira não são de urgências e poderiam ocorrer em unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de pronto atendimento (UPA’s).
Participaram do encontro representantes dos hospitais Unimed, Humanitária e Santa Casa de Limeira e o foco foi recolher informações que serão usadas em uma campanha informativa do Legislativo para conscientizar a população sobre o uso dos serviços de saúde da cidade.
De acordo com a Câmara, foi consenso durante a reunião, a importância de uma campanha de conscientização sobre o tema, principalmente por considerarem que a necessidade de procurar primeiro os hospitais é causada por uma questão cultural. “Para os vereadores, é preciso que a população entenda em que situações devem buscar os serviços de urgência e emergência, pois grande parte das reclamações sobre o atendimento nos hospitais dizem respeito à demora, sendo que, em muitos casos os pacientes poderiam ser atendidos mais rapidamente nas UBS’s ou UPA’s”, informa o Legislativo.
Participaram da reunião, além dos membros da Comissão, os vereadores Dr. Júlio (União Brasil), presidente; Jorge de Freitas (PSD), vice-presidente; e Terezinha da Santa Casa (PL) secretária; o coordenador da clínica médica do Hospital Humanitária, Marco Antonio Dalfré; o coordenador do pronto-socorro infantil do Hospital Humanitária, Uederson Meira; a superintendente da Santa Casa de Misericórdia de Limeira, Veridiana Gonzaga; o diretor técnico da Santa Casa, Luiz Francisco de Oliveira; e o coordenador do pronto-socorro do hospital Unimed Limeira, Mateus João Pedro.

90%
O diretor técnico da Santa Casa explicou que, quando se fala sobre atendimento de urgência e emergência, cerca de 90% não precisariam ser atendidos nos hospitais. Para ele, até mesmo alguns casos de urgência também poderiam ser atendidos em outro lugar por não precisarem de uma estrutura hospitalar, como casos que demandam cirurgias ou internações, por exemplo. “Um dos grandes problemas é que o paciente não tem confiança nas unidades de pronto atendimento, isso não significa que o atendimento lá não seja bom, é uma questão cultural”, afirmou, reforçando que para combater a questão cultural é preciso dar garantia estrutural de que de fato a rede de apoio vai suprir a necessidade do paciente. “Não adianta mandar a pessoa procurar um postinho se ele não puder ter acesso ao atendimento que ele precisa”, afirmou, se referindo à necessidade de disponibilizar acesso a exames e outros serviços nesses locais.

O coordenador do pronto-socorro do hospital Unimed afirmou que a campanha de orientação precisa ser constante. Ele também reforçou a necessidade de uma estrutura adequada de atendimento nas UBS’s e UPA’s. “Quando partimos para a orientação, temos que oferecer a solução. Se ele chega no pronto atendimento do bairro e ele não vai ter o suporte, ele vai voltar para o pronto-socorro”, declarou. 

ATENÇÃO BÁSICA
“A porta de entrada na saúde vai ser na atenção básica, se a pessoa tiver a confiança, a pessoa vai, procura a unidade, quando ela vê que ela tem receptividade, ela é acolhida e consegue fazer o seu agendamento. Se isso não acontecer, a população vai procurar sanar sua demanda onde a porta estiver aberta, que é o pronto-atendimento, o pronto-socorro. O paciente sendo acolhido, tendo acesso à consulta dele, ele vai deixar de ir no pronto-socorro”, pontuou o coordenador da clínica médica do Hospital Humanitária, Marco Antonio Dalfré, que também é diretor técnico da UPA Abílio Pedro

Foto Divulgação
Representantes apresentaram dados e trataram sobre necessidade de campanha de conscien

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