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Após 24h de vendaval, comércios ainda permaneciam sem energia

 

A reportagem da Gazeta acompanhou, durante a tarde de ontem, o drama de um casal de comerciantes que mantém uma loja de aquarismo na região do Jardim Santa Cecília. Centenas de peixes de diversas espécies corriam o risco de morrer pela falta de energia elétrica. A loja estava apenas com uma fase de energia desde às 15h de segunda-feira, quando Limeira foi atingida por uma chuva, seguida de um forte vendaval. Segundo a prefeitura, os ventos passaram de 90 km/h, o que causou a queda de mais de 60 árvores.

Na loja de aquário, funcionários movimentavam a água de forma manual e trocavam os peixes de aquários, conforme necessidade. No entanto, o medo de mortandade era grande. “Eles [peixes] aguentam até cerca de 6 horas. Depois disso, passa a ficar crítica a situação, com a grande chance de morte”, alegou Mariana Correa, proprietária do estabelecimento.

A preocupação maior do casal de empresários era o setor de animais marinhos, que além da oxigenação necessita de uma temperatura mais amena, proporcionada por equipamentos de ares-condicionados, que estavam inoperantes. Com uma tomada ou outra funcionando, era necessário fazer o revezamento de bombas ligadas para dar um refresco aos animais.

Mas, como se não bastasse toda tensão, o medo de queima dos equipamentos por essas manobras também preocupava o casal. “São equipamentos que não são baratos e somada com a possível perda de peixes, o prejuízo aqui vai ser grande”, ressaltou a empresária.

Ao final, a solução encontrada para tentar amenizar o sofrimento dos animais foi o aluguel de um gerador de energia elétrica. No entanto, o equipamento garantiria apenas a oxigenação dos aquários. “Já é um alívio, mas tem muito peixe que precisa de uma luz forte. É torcer para a empresa de energia elétrica vir logo resolver o problema”, alegou Mariana. No final da tarde, a reportagem foi informada que o gerador não havia resolvido o problema da loja.

VIZINHOS
A loja de aquário do casal é vizinha de uma empresa particular de socorro médico. O prédio, onde fica a central telefônica, também estava apenas com uma fase. Funcionários afirmaram que o serviço de emergência apenas não parou por causa do gerador, que foi instalado no prédio.

O equipamento alimenta a Central de Processamento de Dados da empresa e a central por onde chegam os chamados. No entanto, periodicamente, o serviço é interrompido completamente para o reabastecimento do gerador, movido a diesel. Segundo pessoas com quem a reportagem conversou nos locais visitados, o problema estaria ocorrendo em um transformador localizado a meio quarteirão dos prédios atingidos pela falta de energia.

A falta de energia também afetava um hospital veterinário localizado na mesma região. Os serviços apenas não foram interrompidos pela ação de geradores de energia. A reportagem tentou contato com a empresa de energia elétrica, mas até o fechamento da edição, não teve retorno sobre a situação das empresas.

 

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