A Comissão de Obras e Serviços Públicos e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos visitaram ontem o Assentamento Elizabeth Teixeira. No local eles ouviram as demandas de famílias que solicitam acesso ao abastecimento de água. A dificuldade para conseguir transporte público, saúde e serviço de coleta de lixo também foram pautadas. 

A Comissão de Obras informou que no dia 30 de novembro, às 15h, será realizada a reunião no Plenário da Câmara Municipal com a presença de representantes da empresa BRK Ambiental, para tratar sobre o tema. O debate nesta data também será realizado com os secretários municipais de Mobilidade Urbana, de Saúde, de Assuntos Jurídicos e de Obras e Serviços Públicos.  

Conforme a Gazeta já divulgou, mais de 500 pessoas vivem no assentamento, segundo a moradora Elisdete. Ela relatou que são 104 famílias que não têm acesso à água encanada, transporte público e equipamento de saúde pública no local.  O abastecimento a essas famílias é feito entre duas e três vezes por semana por meio de caminhão-pipa. A água é distribuída para cada família e armazenada nos reservatórios das casas. O Assentamento Elizabeth Teixeira existe há 16 anos, desde 21 de abril de 2007.  

A dificuldade de acesso ao transporte público foi outra reivindicação feita, pois o ponto de ônibus mais próximo fica a 3,9 quilômetros da comunidade. Eles apontaram ainda que não há coleta de lixo no assentamento. Todo descarte é feito pelos moradores, que separam o lixo orgânico e fazem a própria compostagem.    

"Eu usei a expressão ‘somos a voz que clama do deserto’, porque estamos cansados de não ser ouvidos. Precisamos reivindicar os nossos direitos na Câmara Municipal, porque lá é nossa casa; é a casa do povo. Aqui no Assentamento não tem só o Zé ou o João, aqui nós somos a comunidade Elisabeth Teixeira, uma comunidade unida para trazer dignidade, prosperidade e mudança", explicou Elisdete.