Até o momento, o mês de novembro vem sendo marcado pela desvalorização das cenouras. A análise é do setor de Hortifrúti do Centro de Pesquisas Avançadas (Cepea/Esalq/Usp). De acordo com a equipe, a cenoura “suja” foi comercializada a R$ 39,50/caixa de 29 kg nas principais praças produtoras, São Gotardo (MG) e Cristalina (GO), redução de 22% frente a outubro.

Dentre diversos fatores, a colheita intensificada do período e, principalmente, a qualidade inferior por conta do calor excessivo – agravado pelo El Niño – explicam tal variação nos preços. “Por exemplo, em MG, o aparecimento de mela e lenticelas prejudicou as raízes. Vale ressaltar a elevada disponibilidade de cenouras do tipo “A”, já que as altas temperaturas estão prejudicando a formação completa das cenouras, deixando-as mais finas. Com a maior oferta desta variedade, suas cotações caíram 19% quando comparadas a outubro, finalizando à média de R$ 31,95/cx com 29 kg”, informa a equipe.

Já em Caxias do Sul (RS), as chuvas continuam prejudicando as lavouras, impedindo a colheita e o plantio das cenouras pela impossibilidade de entrada de maquinário. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a ausência do plantio pode gerar futuras janelas de oferta em dezembro e janeiro, o que prejudica os ganhos da região. Além disso, atualmente, a praça não possui cenouras suficientes para abastecer à demanda, o que obriga o mercado sulista a buscar raízes em outras regiões, como Santa Catarina. (Fonte: hfbrasil.org.br)

Foto Valter Campanato/ Agência Brasil

Atualmente, a praça não possui cenouras suficientes para abastecer à demanda