Janaina Cristina da Costa é mãe solteira de dois meninos. O mais velho, de 11 anos, precisa suprimir a falta de hormônio do crescimento, mas o remédio não é disponibilizado gratuitamente em Limeira. Segundo a moradora do Abílio Pedro, o filho precisa fazer o uso da medicação sem interrupção, mas foi informada pelo órgão público que precisará entrar na Justiça para conseguir a medicação.

O remédio, cipionato de testosterona, custa em torno de R$230. “Pode parecer pouco para alguns, mas para uma mãe solteira que precisar arcar com outros custos, além de exames e consultas, eu fico sem saber para onde recorrer. Olhando para o meu filho e sabendo que ele pode ser uma criança normal, mas a falta deste medicamento irá trazer prejuízo irreversível para a saúde dele", relatou.

Janaína relata que procurou a Prefeitura, mas foi informada que o medicamento não é fornecido gratuitamente. “Mesmo o Governo do Estado não oferece, então preciso de um documento da Prefeitura alegando que este remédio precisa ser custeado. O prazo que eles me deram, porém, é de 90 dias para elaborar uma ‘negativa’. Essa demora pode dificultar ainda mais para a aquisição do remédio e eu não tenho condições de comprar”, destaca.

Além do medicamento, a mãe destaca que precisa arcar com as consultas e exames. “Uma consulta é R$350 e os exames ficam em torno de R$230. Infelizmente nosso sistema de saúde não oferece endocrinologista pediátrico, por isso eu preciso pagar rede particular. Minha família já ajuda muito, mas infelizmente a Prefeitura não arca com a sua responsabilidade: que é oferecer dignidade a quem paga seus impostos”, afirma.

A Gazeta entrou em contato e questionou a Prefeitura de Limeira sobre o prazo de 90 dias para a entrega da documentação necessária, mas não houve retorno por parte da assessoria de imprensa. Quem puder ajudar a família também pode entrar em contato através do telefone (19) 99758 6161.