A Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Limeira realizou, nesta sexta-feira (14), uma vistoria na represa Tabajara, localizada na região do bairro Santa Helena, para avaliar o avanço do assoreamento. A represa integra a bacia hidrográfica responsável pelo abastecimento de água da cidade, e a preocupação do colegiado é que a degradação ambiental comprometa a sustentabilidade hídrica.

O assoreamento é causado pelo acúmulo de sedimentos, e os vereadores identificaram um volume expressivo de terra e resíduos orgânicos no local. Embora as causas exatas dependam de um estudo técnico, foi constatado que intervenções humanas têm agravado a situação.

Durante a inspeção, os parlamentares conversaram com o morador Gerson Latorre, ex-GCM e atuante no Pelotão Ambiental por 14 anos. Segundo ele, o problema se intensificou nos últimos três anos, após obras na estrada ao redor da represa. A construção de cacimbas para retenção de águas pluviais pode ter acelerado o deslocamento de lama para dentro do reservatório.

A Gazeta acompanha o caso após denúncia do diretor da União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL), Artur Bueno de Camargo. Desde então, foram promovidas reuniões com a Prefeitura, Usina e proprietários de terras da região. Em vistorias realizadas nos dias 11 de abril e 2 de maio, os vereadores verificaram que uma das represas já está totalmente assoreada e a outra apresenta água barrenta.

O presidente da Comissão para o biênio 2025-2026, vereador Felipe Penedo (PL), defendeu que o tema seja tratado com prioridade. “O ribeirão Tabajara é um dos córregos que fazem parte da bacia do Pinhal e, portanto, do acervo hídrico do município. A partir do que constatamos hoje, vamos levar a situação ao Executivo para que sejam estudadas ações para o desassoreamento da represa e a recomposição do córrego Tabajara”, afirmou.