
Limeira tem mais de 780 medidas protetivas em vigor
Conhecer o funcionamento das redes de apoio às mulheres
vítimas de violência, esse foi o objetivo da reunião da Comissão de Assuntos
Relevantes (CAR) que estuda a regulamentação e o cumprimento de legislação
municipal referente à proteção dos direitos das mulheres, nesta semana.
Participaram da reunião, além das membras da Comissão,
vereadoras Mariana Calsa (MDB), Lu Bogo (PL), Tatiane Lopes (Avante), Mara Isa
Mattos Silveira (PL) e Isabelly Carvalho (PT); a presidente do Conselho
Municipal da Condição Feminina de Limeira, coordenadora da Casa da Mulher
Vítima de Violência e da Rede Elza Tank, a assistente social do Centro de
Promoção Social Municipal Marina Elisabete de Alencar.
Marina explicou o funcionamento da Rede Elza Tank e disse
que todos os serviços municipais podem ser a porta de entrada da mulher vítima
de violência para a Rede. Segundo ela, a mulher pode fazer a denúncia
procurando uma unidade básica de saúde, uma escola municipal, o serviço 156, o
Centro de Referência e Assistência Social (Cras) ou qualquer outro serviço.
Ela pontuou que o boletim de ocorrência é o passo inicial
para que a mulher vítima de violência tenha acesso aos serviços oferecidos pela
Rede, mas que depende da vontade desta mulher a decisão pelo registro do
documento. A partir daí, explicou, a Rede oferece uma série de serviços de
amparo, tais como a acolhida na Casa da Mulher Vítima de Violência, aluguel
social, estabelecimento de medidas protetivas, botão do pânico, ou outros
atendimentos que ela precise.
Por outro lado, para os casos de mulheres que não querem
registrar boletim de ocorrência, também é possível obter ajuda, alertou Marina.
Essas mulheres são orientadas a procurar o Centro de Referência Especializado
em Assistência Social (Creas), que poderá ajudá-la a se fortalecer e traçar
estratégias para cessar a violência.
“É importante destacar que a mulher não é culpada pela
violência e nem deve ter vergonha por sofrer violência. A culpa é do agressor,
e tendo isso em mente, ela pode ter a coragem de falar com outras pessoas sobre
o que está sofrendo e assim conseguir ajuda”, pontuou Marina.
Alguns dados sobre a cidade de Limeira foram apresentados
pela coordenadora. Segundo ela, mais de 500 vítimas de violência doméstica
estão sendo acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha e há atualmente mais de
780 processos de medidas protetivas em vigência na cidade. Só em 2025 foram
registrados 102.
A presidente da Comissão, Mariana Calsa, explicou que o
objetivo do colegiado não é criar novas leis, mas entender a situação atual do
município, a aplicabilidade da legislação já aprovada sobre o tema, e o
funcionamento das redes de apoio, para melhorá-las, e pensar em comunicações
efetivas para que essas informações cheguem a todas.
A Comissão deliberou pelo convite a mulheres vítimas de
violência, representantes de coletivos femininos e de igrejas para participar
da próxima reunião do colegiado no dia 2 de abril, às 17h, no Plenário Vereador
Vitório Bortolan, na rua Clarino Peixoto, 280 - Jardim Maria Buchi Modeneis.
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