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SINDSEL pede negociação e greve segue nesta sexta-feira

O SINDSEL, representante legal da categoria, juntamente com a Apeoesp e o Sinde-guarda, solicita a reabertura da Mesa de Negociação. Segundo a entidade, diante do aumento da arrecadação em 6% no IPVA e 10% no ICMS, é plenamente possível que o município apresente uma proposta mais justa, garantindo um reajuste real aos servidores e um vale-alimentação digno e isonômico para toda a categoria.

 

Na manhã desta quinta-feira (27), o sindicato solicitou a confirmação da Mesa de Negociação para a tarde, mas não obteve resposta positiva. De acordo com a entidade, esse questionamento se fez necessário, pois, em contato telefônico, a presidente da Mesa e secretária de Administração afirmou que a reunião não ocorreria.

 

O sindicato aponta que o gasto com a folha de pagamento está bem abaixo do limite prudencial e, diante desse cenário, o governo teria plenas condições de apresentar uma proposta que verdadeiramente valorize a categoria. Os servidores reivindicam dignidade, valorização e respeito, destacando que o atual prefeito, enquanto candidato, prometeu reiteradas vezes que os servidores seriam prioridade em sua gestão. No entanto, até o momento, a proposta apresentada não reflete esse compromisso.

 

As entidades sindicais afirmam estar à disposição para a Mesa de Negociação logo no início da manhã desta sexta-feira (28), com o objetivo de construir uma proposta plausível de defesa.

 

O sindicato ressalta que a greve é o último instrumento de luta dos trabalhadores e que nenhum servidor deseja estar em greve, pois esse movimento impacta não apenas os usuários do serviço público, mas também os próprios trabalhadores, que se dedicam diariamente para manter a cidade funcionando. A administração pública, segundo a entidade, precisa reconhecer e valorizar seus servidores de carreira, garantindo condições dignas de trabalho e uma remuneração justa para que possam continuar desempenhando suas funções com excelência e compromisso com a população.

 

De acordo com a sindicalista Nicinha Lopes, "infelizmente, o governo continua intransigente e a greve será mantida. Os servidores estão recebendo apenas 5% de reajuste, sem aumento no vale-alimentação, enquanto o prefeito e seus secretários tiveram um aumento de 85% em seus salários".

 

Ela também destaca que "mesmo os servidores que estão no período probatório têm direito à greve. Além disso, ameaças de falta são uma tática recorrente utilizada em greves para intimidar os trabalhadores, mas isso não deve desmotivar a categoria". Segundo Nicinha, "o movimento tende a crescer e os servidores devem se manter unidos na luta".

 

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (27) em frente ao Paço Municipal, os servidores decidiram manter a greve para esta sexta-feira (28). Além disso, foi aprovada a realização de uma caminhada até o centro da cidade, logo após a concentração no Paço, que começa às 8h. As lideranças sindicais seguem visitando os locais de trabalho para incentivar mais servidores a aderirem ao movimento.

 

A prefeitura, por sua vez, informou que, mesmo diante de um cenário orçamentário desafiador e dos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), os técnicos da Secretaria de Fazenda se empenharam para garantir, de forma responsável, um reajuste salarial de 5,06% para a categoria, o máximo permitido neste momento pelo Art. 167-A da Constituição Federal. A administração também reafirmou o compromisso com a continuidade das negociações, mantendo a Mesa de forma permanente.

 

No caso do vale-alimentação, cerca de 1.110 servidores que possuem patamar salarial acima de R$ 6 mil reais, que antes não recebiam o benefício, passarão a ganhar R$ 200,00, gerando um impacto de R$ 2,2 milhões aos cofres da prefeitura neste ano. Além disso, com o reajuste proposto, os professores de Limeira continuarão com o salário base acima do Piso Nacional do Magistério.

 

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