A Prefeitura de Limeira apresentou, nesta quinta-feira (3), uma contraproposta aos servidores municipais durante reunião da Mesa de Negociação, coordenada pelo prefeito Murilo Félix e com a presença de vereadores e representantes dos sindicatos SINDSEL, Apeoesp e Sindeguarda. O encontro ocorreu após a remarcação da reunião, inicialmente prevista para quarta-feira (2). 

Entre os pontos apresentados pelo governo municipal, a proposta inclui: reajuste de 5,06% nos salários dos servidores; para professores, aumento de 3,44% retroativo a janeiro e mais 1,62% a partir de março, totalizando 5,06%; reajuste de 5,06% no vale-alimentação para servidores que recebem até três pisos, elevando o valor de R$ 640 para R$ 672; pagamento de R$ 200 de vale-alimentação para servidores que ganham acima de três pisos e atualmente não recebem o benefício e reajuste do bônus de assiduidade dos professores efetivos de R$ 150 para R$ 200. 

A administração municipal destacou que a proposta apresentada respeita os limites fiscais e financeiros do município. Segundo o prefeito, diante do cenário orçamentário atual, esse é o reajuste possível. “Claro que eu queria conceder um aumento maior, mas esse é o limite do município neste momento”, afirmou Murilo Félix. 

Um dos principais pontos de divergência entre os sindicatos e a prefeitura é a decisão do governo de descontar os dias parados dos servidores grevistas. Durante a reunião, Murilo Félix reforçou que, em sua gestão, a reposição dos dias não trabalhados não será negociada. Com isso, segundo o sindicato, ele se torna o primeiro prefeito de Limeira a não permitir a compensação das horas paradas. 

As entidades representativas argumentam que o movimento grevista cumpriu todas as determinações legais, garantindo o percentual mínimo de funcionamento dos serviços essenciais. O sindicato afirmou que a decisão da prefeitura configura assédio moral contra os servidores e que tomará as medidas cabíveis para contestar os descontos. 

Os vereadores também participaram da mesa de negociação. Durante a assembleia realizada após a mesa de negociação, o presidente da Câmara, Everton Ferreira, fez um contraponto às falas do prefeito e afirmou que, da mesma forma que Murilo pediu para que os vereadores não solicitassem nada além do que o orçamento permite, ele também não deve pedir nada à Câmara.

Legenda: Prefeitura fez contraproposta aos servidores reajustando vale alimentação e bônus do magistério

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Categoria mantém estado de greve 

Após a reunião da Mesa de Negociação, os servidores realizaram uma assembleia para avaliar a contraproposta. A categoria decidiu suspender a greve, mas manter o estado de mobilização, aguardando os desdobramentos da decisão sobre os descontos dos dias parados e reorganizando novas reivindicações. 

Os sindicatos reforçaram que a proposta do governo não atende plenamente às demandas dos servidores e que continuarão buscando novos avanços por meio da Mesa de Negociação. Segundo os representantes, a prefeitura decidiu encaminhar a proposta diretamente à Câmara Municipal, sem novas rodadas de negociação com a categoria. 

A expectativa agora é que os vereadores analisem o projeto e que o debate sobre a valorização dos servidores continue nos próximos meses. Enquanto isso, os trabalhadores seguem mobilizados e atentos às medidas que serão adotadas pelo governo municipal.