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Professora de Limeira vence Prêmio Jabuti Acadêmico

A professora Luciana Cordeiro de Souza Fernandes, docente da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, em Limeira, foi uma das autoras premiadas com o 1º lugar no Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, na categoria Geografia e Geociências. O reconhecimento foi concedido ao livro "Água Subterrânea, História da Terra e Consciência Ambiental: metas do Programa Aquífero Guarani", lançado pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (EHCT), do Instituto de Geociências da Unicamp.

 

A premiação foi anunciada na terça-feira (5), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Considerada uma das mais importantes do país no meio acadêmico, o Prêmio Jabuti Acadêmico recebeu mais de 2 mil inscrições nesta segunda edição. A obra vencedora conta com a participação de diversos autores, entre eles nomes como Andrea Bartorelli (in memoriam), Berenice Balsalobre, Celso Dal Ré Carneiro, Didier Gastmans, Joseli Maria Piranha, Luiz Eduardo Anelli, Renatta Christina da Costa Lemos Vilela, Sueli Yoshinaga Pereira (in memoriam), Valter GaldianoGonçales e VirginioMantesso-Netto, além da professora Luciana, que atua em Limeira.

 

O livro destaca a importância do Sistema Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo, que abrange áreas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A publicação apresenta uma análise detalhada do Programa Educativo de Divulgação, Valorização e Geoconservação do Sistema Aquífero Guarani (ProSAG), destacando ações de preservação, divulgação científica e enfrentamento de ameaças como a contaminação e a superexploração.

 

Além do conteúdo técnico, a obra também se destaca por propor estratégias práticas para proteger o aquífero, entre elas a produção de materiais educativos como folders, placas, palestras e apresentações teatrais. Um trailer itinerante percorre escolas e espaços públicos com maquetes, amostras geológicas e exposições interativas sobre a formação do aquífero, despertando a consciência ambiental e promovendo o conhecimento geocientífico.

 

A obra ressalta que, apesar das várias propostas já elaboradas para a proteção do aquífero, muitas delas ainda não saíram do papel. O livro sugere medidas urgentes, como a inclusão de profissionais da área de geociências nas prefeituras para levantamento de dados, localização de poços clandestinos e valorização do patrimônio geológico.

 

Com o prêmio, os autores receberam a estatueta do Jabuti Acadêmico e R$ 5 mil. As editoras das obras vencedoras também foram contempladas. A presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos, destacou o crescimento da premiação. “Nesta segunda edição, recebemos mais de 2 mil inscrições, o que demonstra a força e a diversidade da literatura acadêmica nacional. Reconhecer essas obras é incentivar a pesquisa, a ciência e a cultura como pilares para o desenvolvimento do nosso país”, afirmou.

 

Além da obra sobre o Aquífero Guarani, outras publicações também foram premiadas, como Imagens da Branquitude, de Lilia Moritz Schwarcz (Companhia das Letras), e Medicina Excessiva: Suas Causas e Seus Impactos, de Guilherme Santiago (Labrador). A CBL também prestou homenagem ao livro Metodologia do Trabalho Científico, de Antônio Joaquim Severino, como obra clássica do Jabuti Acadêmico, que completou 50 anos em 2025.

 

Legenda: Luciana é docente da FCA da Unicamp

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