Desde o dia 22 de setembro, moradores e trabalhadores dos Condomínios Jardins, Monte Carlo, Itapuã e Colonial, no bairro Chácara Boa Vista da Graminha em Limeira, têm enfrentado dificuldades no deslocamento diário em razão de uma obra na portaria principal de acesso aos empreendimentos. A intervenção, que tem como objetivo a readequação da entrada principal, segundo moradores forçou o fechamento da portaria que dá acesso direto ao bairro, e, como alternativa, os usuários foram direcionados a utilizar uma nova portaria voltada para a rodovia. 

Segundo relatos recebidos pela redação da Gazeta, a nova rota apresenta sérios riscos, especialmente para quem não dispõe de transporte próprio. Moradores e trabalhadores, como funcionárias domésticas e prestadores de serviço, têm percorrido trechos a pé em áreas sem calçamento, com acesso improvisado por matas ou pelo acostamento da rodovia, expondo-se ao tráfego intenso.

Uma moradora registrou imagens e relatou que constantemente vê trabalhadores subindo por uma área de vegetação para chegar ao local de trabalho, caminhando pelo acostamento, sem qualquer proteção. “Essas situações evidenciam a falta de planejamento e cuidado tanto por parte da administração condominial quanto da Prefeitura Municipal”, disse a dona de casa. “Todos os dias estamos correndo risco, tanto quem anda pela pista quanto os motoristas. Isso não pode continuar assim”, completou.

Procurada pela Gazeta, a Construlim Engenharia e Construções, empresa responsável pela execução da obra, esclareceu que atua apenas como prestadora de serviços e não é responsável pela definição das rotas de acesso alternativas. “A Construlim foi contratada exclusivamente para executar os serviços de construção e readequação no acesso que liga os Condomínios Jardins, Monte Carlo e Itapoã. As decisões referentes às alternativas de acesso e medidas de mitigação são de responsabilidade do contratante, ou seja, da associação dos moradores”, informou a empresa em nota. A construtora também destacou que está empenhada em concluir os trabalhos no menor prazo possível, respeitando os critérios técnicos estabelecidos.

A reportagem tentou contato com os síndicos dos condomínios e com a associação de moradores responsável pela gestão das áreas comuns, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.