Mutirões nos bairros têm identificado dezenas de criadouros; CECAP lidera número de focos da doença na cidade, que já soma quase 6 mil casos confirmados

Em uma força-tarefa para combater o avanço da dengue, a equipe de Vigilância Epidemiológica de Limeira vistoriou 6.825 imóveis nos últimos 60 dias. As ações de controle e prevenção ocorreram em diversos bairros da cidade, incluindo Jardim Piratininga, Morro Azul, Abílio Pedro, Santa Adélia, CECAP, Boa Vista e demais regiões do entorno.

Com o aumento dos casos e a presença recorrente de focos do mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Limeira intensificou os trabalhos. Ao todo, 90 agentes da Zoonoses estão em campo nesta fase de vistoria, eliminando criadouros e orientando a população sobre as medidas preventivas. Todos os profissionais estão uniformizados e identificados com crachá para garantir a segurança dos moradores durante as visitas.

No último mutirão realizado no bairro Boa Vista, os agentes inspecionaram 2.310 imóveis e identificaram 72 criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A situação mais preocupante, no entanto, segue sendo a região do CECAP, que concentra o maior número de focos da cidade até o momento, um total de 110.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, Limeira já registra 5.995 casos confirmados de dengue em 2025. Outros 3.796 casos ainda estão em análise, e a cidade já contabiliza 9 óbitos confirmados em decorrência da doença. Há ainda 3 mortes sob investigação com suspeita de ligação com o vírus.

A Prefeitura reforça o pedido de colaboração dos moradores para que mantenham seus quintais limpos e livres de recipientes que possam acumular água. Entre os principais criadouros encontrados estão vasos de plantas, calhas entupidas, caixas d’água destampadas e materiais recicláveis mal armazenados. “A participação da população é fundamental. A maior parte dos focos ainda está dentro das casas. Precisamos que todos façam sua parte nesse combate”, destacou a coordenadora da Zoonoses.

As ações de vistoria e os mutirões continuarão nas próximas semanas, com visitas programadas para outros bairros que apresentaram aumento nos casos suspeitos. A administração municipal também reforça que denúncias sobre possíveis criadouros podem ser feitas diretamente à Zoonoses ou pelo canal 156.