Parada LGBTQIA+ é tema de reunião na Câmara
A Comissão de Esporte, Cultura e Turismo da Câmara se
reuniu com representantes da Parada LGBTQIA+ de Limeira e a vereadora Isabelly
Carvalho (PT) para esclarecer pontos relacionados à edição deste ano do evento.
A Parada, marcada para 7 de dezembro, terá concentração no Centro e marcha em
direção à Marginal Leste. O tema de 2024 é “Envelhecimento”.
Participaram do encontro os vereadores Guilherme Guido
(PL), presidente da comissão; Costa Junior (Podemos), vice-presidente; e
Waguinho da Santa Luzia (PP), secretário, além da vereadora Isabelly.
Representando a Associação da Parada LGBTQIA+, estiveram presentes Renata
Furtado Mantovani, Klauber Romão de Silva Medeiros e Túlio Antonio Assahr,
ligados às organizações Mães pela Diversidade, Coletivo Sobreviver e Emprega
Todes.
A Parada será realizada com recursos de emenda
parlamentar destinada por Isabelly à Secretaria de Cultura. Segundo ela, apesar
de a verba estar assegurada no orçamento, a execução dependia de articulação
política junto ao Executivo.
Os organizadores ressaltaram que a Parada conta com
estrutura de banheiros químicos, acessibilidade, segurança privada e apoio da
Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, quando disponível. Destacaram
ainda que o evento costuma ser tranquilo, sem registros significativos de
brigas. Sobre eventuais excessos, afirmaram que podem ocorrer em qualquer
atividade aberta ao público, cabendo às autoridades agir quando necessário.
A presença de crianças foi um dos temas levantados pelos
vereadores Guido e Costa Júnior. Os organizadores afirmaram que, por se tratar
de um evento público, diurno e sem classificação indicativa, cabe às famílias
decidir sobre a participação dos filhos. Guido mencionou legislações estaduais,
como a do Amazonas, que proibiram a presença de menores nesses eventos, mas que
estão sob julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator, ministro
Gilmar Mendes, já votou pela derrubada da norma, e o julgamento está suspenso
após pedido de vista do ministro Nunes Marques.
A representante da ONG Mães pela Diversidade leu um
documento assinado por profissionais do Direito e da Psicologia defendendo a
realização do evento sem restrições por faixa etária. “Medidas que censuram
manifestações culturais relacionadas à diversidade sexual afrontam os
princípios da dignidade humana e da não discriminação”, disse Renata,
destacando que muitas crianças vivem em famílias homoafetivas e devem ter
preservado o direito ao convívio e ao respeito.
Isabelly também relatou episódios de violência vividos na
infância, inclusive no ambiente escolar, argumentando que crianças e
adolescentes LGBTQIA+ enfrentam diariamente situações semelhantes. “Crianças
LGBTs existem e precisam ser protegidas por todas as famílias”, declarou. O
vereador Waguinho da Santa Luzia parabenizou Isabelly pelo trabalho voltado à
defesa da comunidade LGBTQIA+ e afirmou que a Comissão deve continuar
conduzindo o debate de forma institucional, envolvendo organizadores de outros
eventos culturais da cidade para aprimorar a organização e a segurança das
atividades
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