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Unicamp prepara força-tarefa para retomada de aulas presenciais

Nos últimos dois anos, com a suspensão do uso dos prédios da Universidade Estadual de Campinas, as aulas foram ministradas em modo remoto. O avanço da vacinação, gerando a redução no número de óbitos, possibilitou a formulação de um plano de retomada com a definição de datas para o retorno das aulas presenciais em todas as modalidades de ensino oferecidas na Universidade. Elas terão início no dia 3 de março.

Para intensificar as ações e definir as obras e investimentos necessários para a retomada, o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, constituiu o Grupo Força-Tarefa, internamente conhecido como Programa Mão na Massa (veja os integrantes abaixo). A equipe manteve diálogo permanente com os grupos de trabalhos já formalizados: diretorias e comitês de crises das Unidades, coordenadorias de graduação, centros de ensino, colégios técnicos, Prefeitura Universitária e pró-reitorias. Foram então elaboradas medidas para que a comunidade acadêmica retome as aulas com a máxima segurança.

A coordenadora geral da Unicamp e reitora em exercício, professora Maria Luiza Moretti, destaca a iniciativa da Reitoria na constituição do grupo, medida que contribuiu para que ações fossem estabelecidas criteriosamente. Ela salientou três regras para o bom andamento das atividades nos campi: distanciamento social, uso obrigatório de máscara e higienização das mãos. “A Força Tarefa foi idealizada pela Reitoria diante da necessidade de aproximar as medidas adotadas pelas unidades em paralelo com o trabalho de orientação sanitária. Houve uma convergência de esforços nunca vista na Unicamp, com o objetivo de promover um retorno seguro às aulas presenciais”, apontou.

Reitora em exercício, Maria Luiza Moretti: compra de 220 kits de uma ferramenta que dará autonomia ao docente e possibilitará ao aluno o melhor acesso ao conteúdo da aula

Programa Mão na Massa

Os integrantes do Mão na Massa têm visitado todas as unidades para avaliar as salas de aula, indicar as melhorias necessárias e orientar os servidores. Até o momento, 50% delas já foram vistoriadas. Essa etapa deverá se encerrar na última semana de janeiro. O Escritório de Dados da Unicamp desenvolveu uma ferramenta digital que, com base no cálculo dos alunos matriculados em 2019, avalia as condições de cada sala e estabelece a quantidade de pessoas que poderão ocupar o espaço. Caso o número de alunos exceda a capacidade do ambiente, parte dos alunos assistirá a aula em “salas compartilhadas”, ou “gêmeas”, por meio de um equipamento específico que está sendo adquirido.

Segundo Maria Luiza, foram apresentadas à Unicamp três modelos de ferramentas digitais para esse fim, tendo sido aprovado o equipamento que melhor se adaptou às nossas unidades. “Estamos comprando 220 kits de uma ferramenta que dará autonomia ao docente e possibilitará ao aluno o melhor acesso ao conteúdo da aula, mesmo em sala gêmea”, explicou.

Além dos equipamentos, haverá compra de móveis, ampliação de janelas para melhor ventilação e contratação de empresa especializada na limpeza de todos os aparelhos de ar-condicionado da Universidade. Os restaurantes também passaram por vistoria e suas áreas serão redimensionadas.

Além dos equipamentos, haverá compra de móveis, ampliação de janelas para melhor ventilação e contratação de empresa especializada na limpeza de todos os aparelhos de ar-condicionado da Universidade
Além dos equipamentos, haverá compra de móveis, ampliação de janelas e contratação de empresa especializada na limpeza de aparelhos de ar-condicionado

Comprovação da vacina 

Para frequentar as aulas, os alunos deverão comprovar a finalização do ciclo vacinal, com duas doses ou uma em acordo com a vacina disponível. A medida foi aprovada pela Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) do Conselho Universitário (Consu) da Universidade e publicada na Deliberação CEPE-A-21/2021. De acordo com vice-reitora, a medida tem apresentado boa aceitação e os casos pontuais de não vacinados têm sido resolvidos.

A reitora em exercício informou que os casos da variante Ômicron, cepa com maior ocorrência entre os novos infectados, estão sendo monitorados. O Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) constituiu um grupo de rastreamento da nova cepa e tem estimulado a testagem para identificar infectados, sintomáticos ou não, a fim de orientá-los quanto ao isolamento. Os exames RT-PCR em funcionários e alunos são realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular de Alto Desempenho (LBMAD) e os resultados são divulgados em poucas horas.

“Estamos trabalhando para que no dia 3 de março nossa Universidade volte plenamente, e com segurança. Pedimos a todos que respeitem as regras de segurança sanitária. Será um momento de grande emoção ver a Unicamp voltar à sua normalidade”, frisou Luiza. Ela explicou que o monitoramento dos casos será feito pela Universidade e que os alunos devem ficar atentos às informações do Portal da Unicamp para eventuais alterações nas orientações.

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