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Munícipes questionam racionamento de água em Iracemápolis

Moradores de Iracemápolis tem procurado a Gazeta questionando a vazão da Represa Iracema e do racionamento de água imposto pela Prefeitura, desde o ano passado. O sistema de abastecimento entre as represas da cidade fez com que a prefeita Nelita Michel e equipes do setor explicasse nesta semana em vídeo o remanejamento para abastecer os munícipes.

De acordo com o ex-vereador Pedrão da Noé, houve negligência por parte da Prefeitura. “O que vem ocorrendo em nossa cidade é um crime ambiental. Esqueceram o ‘registro da represa aberto’ e vazou toda a água para nossa Represa Municipal. Hoje temos duas represas cheias em um período chuvoso e não tem nenhum motivo de racionamento. Sem contar que nenhuma mudança significativa foi feita até agora e que essa atitude só prejudica parte da população, pois muitas pessoas têm caixas de água enorme que não afeta em nada”, disse.

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura anunciou o racionamento de água devido a crise hídrica enfrentada na região. Na última terça-feira, foi anunciado pelas redes sociais que o início do racionamento deixa de ser as 6h e começa a ser as 7h. Às segundas, quartas e sextas-feiras, o racionamento ocorre na parte baixa da cidade, enquanto às terças, quintas e sábados, acontece na parte alta.

“Enquanto isso, a população mais pobre que sofre queimando e estourando chuveiros e pagando mais em suas contas de água. Se for esperar a represa encher, vamos ficar o ano todo desse jeito. Não sou vereador mais, sou cidadão e estou bastante chateado com essa situação”, disse Noé.

Questionada, a Prefeitura informou que não houve crime ambiental. “O racionamento existe por que é preciso. Com toda essa chuva nos últimos dias não tivemos vazão das nossas represas, isso quer dizer que os índices estão bem baixos. O que aconteceu na represa Iracema, é que foi aberta a válvula para abastecer a municipal, se isso não tivesse ocorrido teríamos que colocar moto-bomba para abastecer a cidade”, disse a prefeita.

A válvula, segundo o setor, é aberta três vezes por ano. “Captamos água para a Represa Municipal e precisamos manter os níveis altos para garantir o abastecimento. Esse procedimento foi feito corretamente e essa água não foi jogada fora. Continuaremos fazendo isso para garantir o abastecimento em nossa cidade”, disse o servidor do setor Adriano José da Silva. Ainda não há previsão para encerrar o racionamento na cidade.

 

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