De janeiro a março de 2022, Artur Nogueira registrou 10 casos da esporotricose em animais e 1 em humano. Já em 2021, houve apenas 1 registro durante os 12 meses em animal. O aumento nos casos da doença do tipo micose colocou a Vigilância em Zoonose em alerta.

A médica veterinária Larissa Mandaio explica que a esporotricose é uma micose da pele e pode ser transmitida ao homem pelo contato com várias espécies de animais silvestres e domésticos, como cães e gatos. “Os gatos são considerados os mais suscetíveis, adoecem e podem morrer. Os fungos do Complexo Sporothrix são encontrados nos componentes do meio ambiente como terra, árvores, plantas, palhas, madeiras úmidas e, particularmente, nas regiões de clima quente e úmido”, disse.

A esporotricose é considerada zoonose, e a infecção nos seres humanos ocorre quando há a penetração do fungo na pele por meio de ferimentos ou cortes, assim como pelo contato direto com feridas dos animais doentes, pela arranhadura e mordedura de animais. “Nos animais, as lesões iniciam-se comumente nas patas, cabeça ou base da cauda, eventualmente a região da boca e dos olhos. São semelhantes a feridas devido a brigas, principalmente em gatos machos livres”, afirma.

A doença tem cura sendo o tratamento feito com medicação. Os animais infectados nunca devem ser abandonados e caso venham a morrer deverão ser cremados e jamais enterrados. Em casos de suspeita, o morador deve entrar em contato com a Zoonose pelo telefone  (19) 3877-1505.