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Região chega a 48 infectados com varíola dos macacos

As cidades da região já registram 48 casos de varíola dos macacos (Monkeypox - MPX). Na noite de segunda-feira, Iracemápolis recebeu a confirmação do primeiro caso da doença. O caso foi relatado à população, pelo departamento de Saúde, no último dia 10 de agosto. Exames foram encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz e o resultado foi confirmado. 

Conforme já relatado, a pessoa procurou atendimento médico com sintomas gripais e lesões na pele, segue sendo acompanhada e se recupera bem. Não há registro de viagem ao exterior. “Desde o primeiro momento, o Departamento de Vigilâncias em Saúde, e demais equipes de Saúde, prestaram acompanhamento à pessoa e família, assim como todas as orientações sobre cuidados de isolamento”, informou. 

Além de Iracemápolis, Limeira também confirmou o primeiro caso na semana passada. Nas cidades da região, Santa Bárbara d’Oeste registra dois casos, Americana, dois casos, Indaiatuba também dois casos, Piracicaba 7 casos e em Campinas, o número já chegou a 33 casos confirmados. 

O Ministério da Saúde informou que até o momento, o Brasil registra 2,8 mil casos confirmados em 22 estados. A prevalência da doença está concentrada na região sudeste, especificamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dados revelam que 95% dos casos são em homens, entre 18 e 49 anos de idade. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e secretários da pasta apresentaram as ações de vigilância e controle da doença adotadas pelo Ministério da Saúde desde maio, mesmo antes da confirmação do primeiro caso no Brasil. 

Entre as ações, está o fortalecimento da rede de diagnósticos do Brasil, para processamento e análise das amostras. Atualmente, oito laboratórios estão estruturados para fazer a testagem, sendo: quatro Laboratórios de Referência Nacional - Fiocruz RJ, Fiocruz AM, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto Evandro Chagas (IEC) - e quatro Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. O teste para o diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a varíola dos macacos é uma doença viral de baixa letalidade. “Em casos de sintomas, como febre alta e súbita, seguido de aparecimento de gânglio, aqueles inchaços conhecidos como ínguas, dores de cabeça e, principalmente, feridas ou lesões no corpo, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa e seguir corretamente as recomendações de isolamento”, alerta.

A principal forma de proteção da doença é evitar o contato direto com pessoas contaminadas (pele/pele) ou com objetos pessoais contaminados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em julho. No momento, são 35.621 casos confirmados em 92 países. 

Entenda a origem da varíola dos macacos 

Apesar de levar o nome de “varíola dos macacos”, a transmissão da doença não está relacionada aos macacos. O nome vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. As transmissões do surto atual, que atinge mais de 75 países, foram atribuídas à contaminação de pessoa para pessoa, com contato próximo. 

Embora o animal considerado reservatório do vírus seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (como os esquilos) das florestas tropicais da África, principalmente na África Central e Ocidental. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também aponta os roedores, como os ratos, como animais suscetíveis a este tipo de varíola. 

A principal forma transmissão da varíola dos macacos ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos.

 

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