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Baixa adesão leva região a prorrogar Campanha Nacional de Vacinação

Apenas 54,21% das crianças entre um e menores de cinco anos foram imunizadas contra a poliomielite. Para incentivar a população, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 foi estendida e segue em todo o país. Nas cidades de circulação da Gazeta, todas as unidades de saúde estão participando. 

Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a vacina poliomielite, além de reduzir o número de não vacinados de crianças e adolescentes menores de 15 anos e melhorar as coberturas vacinais, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. 

Em Limeira apenas 35% das crianças foram vacinadas até agora. As vacinas que integram o Calendário Nacional são oferecidas em 17 unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h. São elas: as UBSs Abílio Pedro, Bairro do Tatu, Cecap, Graminha, Aeroporto, Morro Azul, Nossa Senhora das Dores 1, Nossa Senhora das Dores 2, Nova Europa, Nova Limeira, Nova Suíça, Novo Horizonte, Planalto, Hipólito 1 e Vista Alegre, além do Ambulatório de Especialidades do Residencial Rubi e da Vigilância Epidemiológica.  

No município de Engenheiro Coelho, todos os postos de saúde, além da Sala de Vacinas, estão participando. Segundo o último levantamento da secretaria de saúde, a cidade já vacinou 67% do público alvo. Em Cordeirópolis, a campanha segue até dia 28, e a vacinação ocorre nos postos da cidade, das 8h às 11h e das 13h às 15h. Os pais devem levar a carteirinha de vacinação de rotina. 

O Setor de Vigilância em Saúde de Iracemápolis informou que a campanha foi prorrogada até o dia 31. Os interessados podem procurar as três unidades de saúde da família de segunda a sexta-feira, das 7 às 16h. O município tem a cobertura mais alta da região com 89,67% sendo 1.077 crianças vacinadas. 

Em Artur Nogueira, a Secretaria de Saúde prorrogou até o dia 31. As doses seguirão disponíveis nos postos de saúde até alcançar a meta. São eles: Blumenau, São Vicente, Bom Jardim, Jardim do Lago, Sacilotto, Coração Criança, Teresinha Vicensotti e Espaço Mãe e Filho, conforme horário de funcionamento de cada unidade. No momento da aplicação da dose, os pais devem apresentar carteirinha de vacinação da criança. Até o dia 28, a cobertura vacinal contra poliomielite em Artur Nogueira estava em 50,7%. 

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde Milena Sia Perin, o município possui 2.906 crianças com idade entre 01 e 04 anos e 11 meses. Destas, pelo menos 1.474 receberam as doses. “A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus de gravidade extremamente variável: o Poliovírus. Essa doença pode afetar tanto adultos quanto crianças, mas por ser mais contraída na infância, ficou conhecida como ‘paralisia infantil’. Importante destacar que a vacina é o único meio de prevenção”, frisou Milena.  

 

Doença contagiosa não tem cura e pode ser fatal 

A baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país. Com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença. 

A poliomielite, que causa paralisia infantil e pode ser fatal, chegou a ser uma das doenças mais temidas no mundo. Mas, com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido, em 1994, um certificado de eliminação da doença. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas e vacinas tão antigas como a da poliomielite”, reforçou o ministro da saúde, Marcelo Queiroga. 

Desde 2015, quando conseguiu obter uma cobertura vacinal de 98,3%, o Brasil não alcança mais a meta de vacinação para a doença [estabelecida em 95%]. Em 2020, ela somou apenas 76,2%. E, no ano passado, 69,9%. Lembrando que, com o sarampo, a história não foi diferente. O Brasil chegou a receber o certificado de eliminação do sarampo em 2016. Mas em 2019, também com queda vacinal para a doença, o país perdeu esse reconhecimento após não conseguir controlar um surto, que se espalhou por diversos estados.

(Com informações da Agência Brasil)

 

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