Anne Frank nasceu em 12 de junho de 1929 na cidade alemã de Frankfurt. A situação na Alemanha não era a melhor: havia poucos empregos e muita pobreza. E é nesse cenário que Adolf Hitler e seu partido recebem o apoio de um número crescente de adeptos. Hitler odiava os jovens, culpando-os pelos problemas do país, e deu aos sentimentos anti-semitas que prevaleceram na Alemanha. 

Por causa desse ódio aos jovens e da má situação do país, os pais de Anne decidem mudar-se para o país e logo ela se sentiu em casa na Holanda. Aprendeu a língua, fez novos amigos e andou numa escola holandesa no bairro. Em 1939, a Alemanha invade a Polônia: começa a Segunda Guerra Mundial. 

Na primavera de 1942, o pai de Anne tinha começado a instalar um esconderijo no anexo secreto da sua empresa.  O espaço é muito apertado; Anne tinha de permanecer muito silenciosa e estava frequentemente com medo. Pelo seu aniversário, pouco antes de passar a viver no esconderijo, Anne recebe um diário de presente. Durante os dois anos em que permanece, Anne escreve sobre o que se vai passando no Anexo Secreto, mas também sobre o que sente e pensa.

Ela e as outras pessoas que estavam escondidas são descobertas e presas pelas polícias em 4 de agosto de 1944. A polícia também prende duas pessoas que os ajudavam. Até hoje, não se sabe ao certo qual a razão para a busca policial. Apesar da busca, uma parte dos escritos de Anne são preservados: dois outros amigos salvam os documentos antes que o Anexo Secreto seja esvaziado por ordem dos nazistas.

Anne é deportada para Auschwitz. Cerca de 350 pessoas que viajaram com Anne foram imediatamente mortas nas câmaras de gás. Anne foi enviada para o campo de trabalho para mulheres, com a sua irmã e sua mãe. No início de novembro de 1944, ela é transportada novamente para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Em situações miseráveis, Anne e sua irmã ficam com febre tifoide. Em fevereiro de 1945, ambas morreram das consequências dessa doença.

Apenas o pai de Anne sobrevive. Ele foi libertado de Auschwitz russos e, durante a sua longa viagem de volta para a Holanda, sem sua família, encontra os diários de sua filha. Convencido por amigos, ele publica o diário. O livro viria a ser traduzido para cerca de 70 línguas e adaptado para teatro e cinema. Ele esperava que os leitores do diário tomassem consciência da discriminação, do racismo e do ódio. Essas informações constam no site oficial annefrank.org.

HOMENAGENS EM HOLAMBRA

Neste mês, Holambra terá atividades gratuitas para homenagear a adolescente judia, vítima do Holocausto, em comemoração aos 75 anos da primeira publicação do Diário de Anne Frank. “Achamos importante que Holambra conheça um pouco melhor a história de Anne Frank, importante personagem na história holandesa”, disse Frans Schoenmaker, organizador do evento ao lado de Hermannus Nyenhuis e Gisele Corrêa.

A iniciativa é uma realização da Cooperativa Veiling Holambra e conta com o apoio da Prefeitura, Livraria Holandesa, Casa Bela, Pousada Oca e Hotel Villa de Holanda.  A programação começa no dia 11 com contação de histórias para alunos de escolas das redes municipal e particular que conhecerão a vida da garota por meio da obra infantil “Anne Frank: a menina que ficou invisível”.

No dia seguinte, às 10h, também no Teatro Municipal, a mesma atividade será aberta ao público em geral. Mais tarde, às 19h, será realizado o lançamento da exposição “Aprendendo com Anne Frank”. Em seguida, haverá leitura dramática do Diário de Anne Frank, com Tais de Holanda.

O evento é encerrado às 20h com uma mesa de debates que contará com a participação do professor e presidente da Cátedra de Cultura Judaica da PUC-SP, José Luiz Goldfarb, e do escritor e estudioso de literatura e cinema fantástico Adriano Messias.  Entre 16 e 25 de novembro, a exposição também poderá ser conferida na Biblioteca José Maria Homem de Montes, entre 8h e 12h e das 13h às 17h, gratuitamente.