Foto de capa da notícia

Dupla acusada de homicídio é presa em Cordeirópolis

A Polícia Civil de Cordeirópolis esclareceu o crime e prendeu dois suspeitos de participarem diretamente na morte do caminhoneiro Washington Teixeira Pinel, de 41 anos, ocorrida no Jardim dos Bosques, em Cordeirópolis. Pinel foi morto a tiros, na porta de casa, enquanto se preparava para embarcar no caminhão em que trabalhava, no final da madrugada do dia 20 de dezembro do ano passado. Ao lado do corpo ficaram a marmita e o celular dele. Segundo testemunhas, ocupantes de uma moto foram os autores de, pelo menos, cinco disparos. Cartuchos, de uma Winchester, ficaram espalhados pelo local do crime. A vítima não teve chance de socorro e morreu ainda no local.

A Polícia Militar foi acionada à rua José Álvaro Genezelli, depois de o corpo da vítima ser encontrado por testemunhas. A companheira da vítima disse que percebeu quando o companheiro saiu de casa, mas estranhou o fato de o motor do caminhão não ser acionado. Tentou ligar no celular dele e, como não foi atendida, saiu de casa para ver o que ocorrera e já encontrou pessoas ao lado do corpo dele.

INVESTIGAÇÃO

Desde o dia do crime, a suspeita era de crime passional. Em depoimento, ainda no local, a mulher, de 38 anos, alegou que desconfiava da participação do ex-marido na morte de Pinel. O comerciante, de 43 anos, não aceitava o fim do relacionamento deles, ocorrido cerca de 6 meses antes do crime. Logo após a separação, ela teria se envolvido com o caminhoneiro. O ex já havia dado sinais que estaria disposto a atentar contra a vida da vítima. Em declaração, ela disse que na noite anterior ao crime, testemunhas teriam visto o comerciante rondando a moradia do casal, para entender a rotina de Pinel.

O comerciante foi localizado e questionado no dia do crime, mas alegou inocência. O filho do ex-casal, que passava a noite na casa do pai, afirmou que o homem tinha armas, inclusive uma parecida com a usada no crime. No entanto, o garoto disse que o comerciante havia passado a noite toda em casa. No registro do caso, o delegado Dimas Custódio alegou que, durante a conversa com o suspeito, “a bermuda que trajava tremia, provavelmente em razão dos seus batimentos cardíacos acelerados e negou possuir armas". Ele não foi levado à delegacia, mas teve o celular apreendido para a realização de perícia.

A investigação policial confirmou a participação do comerciante no crime. Ele teria agido junto a um amigo, que é vizinho de bairro dele. A Justiça foi informada da situação e determinou a prisão temporária de ambos, ordem que foi cumprida durante a tarde de anteontem. Dentro da casa do comparsa do comerciante, os policiais encontraram três munições de calibre 32, cinco munições de calibre 38 e uma arma de fabricação caseira, em forma de caneta. O segundo suspeito, que tem 44 anos, também deve ser responsabilizado por posse ilegal de arma de fogo.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login