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Suspenso projeto sobre salários em Iracemápolis

 

 

Com quatro votos contrários, e os demais favoráveis, foi suspenso o Projeto de Resolução que ampliaria o aumento de agentes políticos da Câmara de Iracemápolis a partir de 2025, ou seja, próxima legislatura. A sessão foi marcada por intensos debates entre os vereadores.
Diante das discussões ao longo da sessão, a proposta de suspensão partiu do vereador Lai da Padaria. Foram contrários à suspensão os parlamentares: Claudinho Cosenza, Ralf Silva, Braulio Rossetti Jr. e Vitor Michel. Os quatro se manifestaram de forma declarada contra o aumento. Com os demais aceitando a suspensão, a proposta poderá voltar a ser debatida futuramente.
Conforme já mostrado pela Gazeta, deram entrada na Câmara dois projetos que ampliavam salários de agentes políticos. O aumento seria de 19,9% para o cargo de prefeito e de 47,9% para os vereadores.  Os reajustes não seriam para os mandatos atuais. A proposta ligada ao salário de prefeito e vice-prefeito não chegou a entrar na pauta devido ao aguardo do impacto financeiro.
Entrou no debate, portanto, somente a proposta sobre aumento dos parlamentares. De maneira clara, se posicionaram contra o aumento os vereadores que também foram contrários à suspensão. Cosenza, inclusive, é membro da Mesa Diretora, autora do projeto de resolução. No entanto, declarou seu voto como contrário.
Houve ainda vereadores que se posicionaram de modo favorável, caso do presidente e vice-presidente da Mesa, Valdenito Gonçalves de Almeida e Willian Ricardo Mantz.

O ÍNDICE

Valdenito e Willian chegaram a pontuar a origem do índice proposto. Entre os apontamentos, explicaram que o último reajuste aos vereadores ocorreu em 2017, afirmando que, a partir desse período, ocorreram somente algumas correções. No entanto, a partir de 2021, houve orientação do Setor Jurídico que, devido a orientação do Tribunal de Contas, não se aplicasse mais essa correção. Portanto, o índice informado agora seria para reajustar anos anteriores em que a Câmara não corrigiu os salários dos vereadores. “Baseado nos reajustes aplicados ao funcionalismo, o índice seria de 53,50% e hoje estamos aplicando abaixo disso e essa correção vai até 2028”, disse Valdenito.
Sobre o tema, o vereador Fábio Simão pontuou que faltou, da parte da Mesa, dialogar com os demais parlamentares de forma transparente. Após a suspensão, o presidente da Câmara afirmou que a Mesa Diretora deve voltar a se reunir para discutir o assunto futuramente.

 

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