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Mortes por AVC crescem 10% na região em 2024

As mortes por acidente vascular cerebral (AVC) aumentaram cerca de 10% em 2024 na região, segundo dados da Secretaria da Saúde do Governo de São Paulo. Entre janeiro e setembro, foram registradas 578 mortes pela doença, frente a 525 no mesmo período de 2023. 

O AVC, que é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil, ainda preocupa profissionais e gestores de saúde. O Portal da Transparência do Centro de Registro Civil indica que, até agosto deste ano, 50.133 brasileiros perderam a vida por complicações associadas ao AVC. 

Essa situação é agravada pela falta de uma cultura preventiva no país. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 70,6% dos brasileiros não realizam check-ups regulares, aumentando o risco de diagnósticos tardios e complicações. Sem exames preventivos como controle de pressão arterial, colesterol e glicemia, condições crônicas que predispõem ao AVC podem se desenvolver silenciosamente. 

A médica Flávia Falcão reforça a importância do acompanhamento regular, especialmente pelo médico de família. “O médico de família é o primeiro contato com o sistema de saúde e, por meio de consultas periódicas, pode orientar sobre a necessidade de exames que detectem doenças no início e sobre os sinais do AVC, como fraqueza em um lado do corpo, dificuldade na fala e perda de equilíbrio,” explica. 

Em 2023, o estado registrou 53.025 internações e 22.294 mortes por AVC, representando uma leve queda nas internações e nos óbitos em relação a 2022. Porém, Flávia alerta que o sistema de saúde, já sobrecarregado, depende da prevenção para reduzir esses números. 

O AVC ocorre quando vasos sanguíneos que nutrem o cérebro se entopem ou rompem, causando paralisia na área afetada. Ele pode ser isquêmico, em que há bloqueio dos vasos, ou hemorrágico, por rompimento dos vasos. Com uma estimativa de que uma em cada quatro pessoas acima dos 35 anos terá um AVC ao longo da vida, é essencial reconhecer sinais como fraqueza em um lado do corpo, confusão mental e dor de cabeça intensa. Cada minuto sem tratamento adequado representa a perda de cerca de 1,9 milhão de neurônios. "Ao perceber sintomas, é fundamental acionar o SAMU ou procurar atendimento hospitalar imediatamente", destaca Flávia. 

Segundo a Organização Mundial do AVC, 90% dos casos poderiam ser evitados com controle dos fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e envelhecimento. A adoção de uma cultura de prevenção é essencial para melhorar os indicadores de saúde e a qualidade de vida da população.

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