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Prefeitura de Engenheiro Coelho fecha e entra em auditoria

Em Engenheiro Coelho, o prefeito Pedro Franco assinou dois decretos, determinando o fechamento temporário da Prefeitura Municipal para atendimento ao público. Além disso, foi decretada a suspensão temporária de todos os pagamentos de contratos, compras e indenizações relacionados ao período de janeiro de 2021 a dezembro de 2024. A medida, que terá validade de 120 dias, busca proteger os recursos públicos e reorganizar as contas municipais, permitindo uma auditoria detalhada da administração.

 

Segundo o prefeito, a decisão foi motivada pela ausência de uma transição de governo, que impossibilitou o acesso à nova gestão a dados essenciais sobre a situação financeira do município. "Herdamos uma administração sem informações básicas sobre receitas, despesas, contratos e débitos. Nosso compromisso é garantir transparência e eficiência no uso do dinheiro público, e para isso precisamos realizar uma auditoria completa", afirmou.

 

Sem acesso prévio à documentação, a nova gestão informou em nota que “enfrenta dificuldades para compreender o cenário financeiro deixado pela administração anterior”. O decreto tem como objetivos revisar contratos vigentes, identificar possíveis irregularidades, apurar débitos e receitas, corrigir problemas administrativos e proteger o erário público.

 

Durante os 120 dias de suspensão, o Departamento de Finanças será responsável por conduzir as análises e elaborar um relatório detalhado sobre a real situação financeira do município. Casos excepcionais, como pagamentos urgentes, poderão ser tratados mediante justificativa e autorização do prefeito.

 

Pedro Franco informou ainda que também determinou o fechamento temporário da Prefeitura para atendimento ao público por 15 dias, com exceção do Setor de Tributação pelo mesmo motivo da falta de transição de governo e que busca organizar e auditar contas, contratos e despesas. "Nos deparamos com uma situação grave: a ausência de informações sobre a real situação financeira e administrativa da Prefeitura. Precisamos desse período para organizar as contas, auditar contratos e garantir que todos os compromissos sejam cumpridos com responsabilidade", explicou o prefeito.

 

A prefeitura informou que a suspensão temporária dos pagamentos não significa cancelamento, mas uma pausa para avaliação. “Queremos garantir que tudo seja feito com responsabilidade. Fornecedores que tiverem valores a receber podem ficar tranquilos, pois os pagamentos serão retomados assim que finalizarmos as análises e ajustarmos os processos”, explicou o prefeito. Serviços essenciais, como saúde e tributação, continuarão funcionando normalmente.

 

Pedro Franco, que já administrou Engenheiro Coelho em dois mandatos anteriores, reforçou que a reorganização é um passo necessário para garantir transparência, evitar desperdícios e corrigir falhas da gestão anterior. "Nosso dever é com o povo de Engenheiro Coelho. Vamos trabalhar com seriedade para construir uma cidade melhor, priorizando o desenvolvimento e a eficiência administrativa", declarou.

 

A Prefeitura informou ainda que divulgará publicamente os resultados da auditoria e planeja realizar reuniões públicas e sessões informativas para apresentar as medidas que serão adotadas nos primeiros meses da nova gestão. A Gazeta tentou contato com o ex-prefeito Zeedivalda Miranda, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O espaço fica aberto caso queira se manifestar.

 

Prefeito denuncia itens médicos abandonados e remédios vencidos

 

Além do prédio da Prefeitura e da frota de veículos já divulgados pela Gazeta nesta semana, o prefeito fez mais uma denúncia, desta vez no almoxarifado. Equipamentos médicos e medicamentos vencidos foram encontrados em diferentes espaços da Prefeitura, incluindo uma sala de raio-x e um galpão. Entre os itens estavam respiradores, massageadores cardíacos, equipamentos de nebulização, cadeiras odontológicas ainda embaladas, macas e colares cervicais. Todos os materiais estavam sem utilização, acumulando poeira ou abandonados em condições inadequadas.

 

No almoxarifado, foram localizadas caixas com medicamentos vencidos, como canetas de insulina e frascos de soro fisiológico. Alguns medicamentos estavam próximos do prazo de validade, o que indica má gestão do estoque. A nova administração informou que a situação obrigou o município a recorrer a cidades vizinhas para empréstimo de insumos básicos, como medicamentos e soro.

 

A Prefeitura declarou que iniciará uma auditoria para investigar as causas do abandono e avaliar responsabilidades. Além disso, a gestão atual busca reorganizar o setor de saúde, alegando que os materiais encontrados poderiam ter contribuído para o atendimento da população. O caso será levado ao Ministério Público para averiguação e possíveis ações legais contra eventuais irregularidades.

 

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