
Ministério Público realiza operação contra esquema de corrupção e investiga vereador em Rio Claro
O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), realizou uma operação, nesta quinta-feira (6), que investiga um esquema de desvio de dinheiro público no setor cultural de Rio Claro.
As investigações ocorrem desde 2022 e apontam o possível envolvimento de um vereador e de empresários do setor artístico em práticas criminosas de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.
O 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de Piracicaba esteve nesta quinta-feira em apoio à operação, e informou que, segundo o que foi apurado na investigação, empresas foram criadas e contratadas sem licitação, recebendo valores da prefeitura sob a justificativa de fomentar a cultura municipal. No entanto, parte dos recursos retornou para a conta pessoal do vereador, evidenciando possível irregularidade.
No total, foram R$ 814.900,00 pagos às empresas investigadas pela Prefeitura de Rio Claro. Diante disso, a Justiça aprovou o sequestro de bens dos envolvidos no mesmo valor, visando a garantir o ressarcimento ao poder público em caso de condenações futuras.
Buscas e apreensões
Nesta quinta-feira, a operação realizou mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados e no gabinete do vereador. Foram apreendidos celulares, documentos e uma arma de fogo, que foi apresentada no Plantão Policial local.
Também foi aprovado pela Justiça a quebra de sigilos bancário e fiscal de todos os investigados. Os dados serão recebidos e analisados futuramente, para complementar as informações que forem extraídas das apreensões feitas.
Um casal, dono de uma das empresas investigadas, não pôde ser localizado pois está no estado da Bahia.
A operação contou com três promotores de Justiça, um analista jurídico e 20 policiais miliares do 10º BAEP.
Foto: 10º BAEP
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