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Mercado imobiliário aquece na região

O mercado imobiliário da região registrou um crescimento expressivo nas vendas de imóveis usados no mês de janeiro de 2025, conforme levantamento realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP). De acordo com o estudo, as vendas aumentaram 54,32% em relação a dezembro de 2024, impulsionadas principalmente pelo alto índice de financiamento. No mesmo período, o número de novos contratos de locação apresentou queda de 11,38%.

 

A pesquisa abrangeu 92 imobiliárias das cidades de Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchas, Espírito Santo do Pinhal, Laranjal Paulista, Leme, Limeira, Piracicaba, Pirassununga, Porangaba, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Tietê e Vargem Grande do Sul. Em Limeira, especificamente, a alta nas vendas refletiu a tendência regional, com destaque para imóveis financiados.

 

O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, atribui o crescimento à facilidade de acesso ao crédito imobiliário, que financiou 73,8% dos negócios na região, somando operações da Caixa Econômica Federal e de outros bancos. “Quando uma fatia tão significativa das transações ocorre por meio de financiamento, isso estimula a decisão de compra. O acesso ao crédito facilitado e as condições econômicas favoráveis impulsionam a movimentação do mercado imobiliário”, analisa.

 

No segmento de vendas, os apartamentos corresponderam a 71% das transações, enquanto as casas representaram 29%. A maior parte dos imóveis negociados custava até R$ 200 mil, sendo que 70,6% estavam localizados na periferia, 16,2% em áreas centrais e 13,2% em regiões nobres. A maioria das casas vendidas possuía dois dormitórios e área útil entre 50 e 100 m². Já os apartamentos eram, em grande parte, unidades de dois quartos com até 50 m².

 

Os financiamentos pela Caixa responderam por 56,9% das aquisições, enquanto outros bancos financiaram 16,9% das compras. Transações à vista ou via consórcio representaram 21,5%, e as vendas diretas com o proprietário corresponderam a 4,6% dos negócios.

 

Por outro lado, o mercado de locação registrou queda de 11,38% na assinatura de novos contratos em janeiro. As casas foram responsáveis por 60% das locações, enquanto os apartamentos ficaram com 40%. A maioria das unidades alugadas tinha dois dormitórios e valores de aluguel de até R$ 1.000,00. Os bairros periféricos concentraram 51% das locações, seguidos das regiões nobres (28%) e centrais (21%).

 

O seguro-fiança foi a modalidade de garantia mais utilizada pelos locatários, superando fiador e caução. Entre os inquilinos que encerraram contratos, 41,9% não informaram o motivo da mudança, enquanto 24,2% buscaram um aluguel mais caro e 33,9% optaram por valores mais baixos.

 

A pesquisa do CRECISP demonstra um cenário de otimismo para o mercado imobiliário da região, especialmente no que se refere às vendas. O aumento do crédito imobiliário e a valorização de imóveis em bairros periféricos mostram um dinamismo positivo para o setor. A expectativa para os próximos meses é que as condições de financiamento continuem favorecendo o mercado, enquanto a locação pode enfrentar novos desafios com a variação na demanda.

 

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