
Limeira tem 8 óbitos de dengue em investigação
A epidemia de dengue continua preocupando Limeira e
região. O município tem, atualmente, oito óbitos suspeitos da doença em
investigação. Amostras foram coletadas e enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para
análise laboratorial. Desde o início do ano, a cidade já registrou 755 casos
confirmados de dengue e ainda aguarda a análise de mais de duas mil
notificações.
A faixa etária mais afetada pela doença em Limeira
compreende homens e mulheres entre 35 e 49 anos. A incidência na cidade é de
206,7 casos por 100 mil habitantes. Diante do aumento expressivo de casos, as
autoridades de saúde intensificaram as ações de controle e prevenção para
conter o avanço da doença.
A situação também é alarmante em municípios vizinhos. Em
Iracemápolis, um óbito suspeito de dengue está sob investigação, enquanto 141
casos foram confirmados e 76 ainda aguardam análise. A taxa de incidência no
município já chega a 638,9 casos por 100 mil habitantes.
Em Artur Nogueira, a doença avança rapidamente, com 800
casos confirmados e 140 em investigação. A cidade já registrou um óbito pela
doença e investiga mais um. Com uma incidência de 1.537,6 casos por 100 mil
habitantes, o município intensificou ações para conter a proliferação do
mosquito Aedes aegypti.
O cenário mais crítico está em Engenheiro Coelho, onde 990
casos de dengue foram confirmados. A cidade também investiga dois óbitos
suspeitos. A incidência da doença é preocupante, atingindo 4.955,2 casos por
100 mil habitantes, o maior índice da região.
Diante desse avanço, as prefeituras têm intensificado as
ações de combate ao mosquito transmissor. Mutirões estão sendo realizados em
residências para eliminar criadouros do Aedes aegypti, além de orientar a
população sobre a importância das medidas preventivas.
Os primeiros sintomas da dengue incluem febre alta, dores
no corpo e atrás dos olhos, vermelhidão na pele e fadiga. Nessa fase, conhecida
como dengue clássica ou sem sinais de alerta, o tratamento se baseia na
hidratação e repouso. Entretanto, é fundamental estar atento a sinais de
agravamento, como dores abdominais intensas, vômitos persistentes, desidratação
e sangramentos nas mucosas. Esses sintomas podem indicar a fase com sinais de
alerta da doença, exigindo acompanhamento médico.
Nos casos mais graves, a dengue pode desencadear
complicações sérias, como alterações na coagulação do sangue, perda de líquidos
e hemorragias intensas. A queda brusca da pressão arterial pode levar ao
choque, situação que requer atendimento médico imediato. Esse quadro era
anteriormente denominado dengue hemorrágica, mas, desde 2009, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) reformulou a classificação para dengue grave,
considerando as diversas manifestações clínicas da doença.
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