Em entrevista à Gazeta, os bailarinos Anneliese Caneo e Júnior Lopes, de Cordeirópolis, celebraram a conquista do 1º lugar na categoria Profissional Adulto do Campeonato de Dança Matrix, realizado em Rosário, na Argentina. “Ficamos sabendo da seletiva que aconteceria em São Paulo, no mês de abril, e decidimos participar. Conquistamos o 1º lugar, além dos prêmios de melhor coreógrafo do festival e melhor coreografia de qualidade técnica”, contaram os artistas. O resultado garantiu ao duo a vaga na final internacional, disputada nos dias 18 e 19 de outubro, com competidores de diversos países.
Entre mais de 260 coreografias, o duo se destacou com um neoclássico assinado por Marcos Silva, bailarino da New English Ballet Theatre, em Londres. Além do título, os artistas receberam bolsa de estudos e o reconhecimento pelo talento, dedicação e amor à dança.
A trajetória de Anne e Júnior começou ainda na infância. Ela iniciou aos 8 anos, ele aos 13. Aos 18, conquistaram o DRT como bailarinos profissionais, oficializando o início da carreira artística. Desde então, colecionam prêmios em solos, conjuntos e duos, com participações em festivais como o Festival de Dança de Joinville, o Festival de Caconde e outros eventos pela região.
Os dois também comemoram uma bolsa de estudos recentemente obtida no Centro de Artes Pavarine, em São Paulo, reconhecimento que valorizam como parte importante de sua formação.
Mesmo com as vitórias, o caminho até a Argentina foi desafiador. Sem patrocínio fixo, o casal organizou rifas e vendas de brigadeiros, bolos e pizzas para custear a viagem. “Foi um processo intenso, mas cheio de apoio de pessoas que acreditam na nossa arte”, destacaram.
Ao final da entrevista, os bailarinos deixaram mensagens de inspiração para quem sonha em seguir na dança.“A gente nunca deve desistir daquilo que nos move. Por mais difíceis que sejam os desafios, a recompensa é sempre maravilhosa no final. Acredite na sua arte e siga dançando com o coração”, afirmou AnnelieseCaneo.
Com o mesmo entusiasmo, Júnior Lopes reforçou o papel transformador da dança e a importância da representatividade masculina na arte.“Para os meninos que sonham em dançar: não desistam! Precisamos ocupar cada vez mais espaços na sociedade e mostrar que a dança é para todos. A arte não tem gênero, e dançar é uma forma de expressar quem somos e o que acreditamos”, concluiu o bailarino.