Saúde
Elisandra Monfardini
07/01/2025
Surto de virose no litoral paulista preocupa especialistas
Casos de gastroenterite ultrapassam 2 mil no Guarujá
O verão de 2025 trouxe um alerta sanitário ao litoral paulista, com um surto de gastroenterite viral afetando milhares de pessoas. Cidades como Guarujá, Santos, Praia Grande e São Vicente registraram um aumento expressivo nos atendimentos de moradores e turistas, que apresentaram sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e febre.
No Guarujá, mais de 2 mil pessoas procuraram atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) apenas no último mês de dezembro. Em Santos, os primeiros dias de janeiro já somam 273 casos atendidos em unidades de urgência, enquanto dezembro registrou mais de 2.200 ocorrências. Praia Grande, que recebeu cerca de 2 milhões de visitantes nas festas de fim de ano, teve um aumento de 40% nos atendimentos relacionados a viroses em comparação ao mesmo período do ano passado.
Especialistas em saúde pública apontam que o aumento das temperaturas, as aglomerações características da temporada e as condições inadequadas de saneamento básico criam um cenário ideal para a proliferação de vírus e bactérias.
A pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Anna Bohn, ,explica que as viroses gastrointestinais são comuns no verão, mas podem se agravar em ambientes onde o saneamento é precário. “O calor favorece a multiplicação de micro-organismos, e a alta circulação de pessoas facilita a transmissão. O contato com águas contaminadas e a ingestão de alimentos manipulados sem higiene adequada são os maiores riscos”, alerta.
A pediatra reforça a importância de medidas simples para prevenir a doença: “Lavar as mãos com água e sabão antes das refeições e após usar o banheiro é fundamental. Além disso, é crucial evitar alimentos de procedência duvidosa, especialmente frutos do mar, que podem ser contaminados durante o preparo.”
Outra preocupação destacada pela médica é a hidratação. “A desidratação é o principal perigo da gastroenterite, especialmente para crianças e idosos. Por isso, é importante manter uma boa ingestão de líquidos, como água mineral e soluções de reidratação oral.”
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), 38 praias estão impróprias para banho no litoral paulista. Essa situação aumenta o risco de contaminação por água poluída, que pode conter vírus, bactérias e outros agentes infecciosos.
O pediatra Dr. Paulo Telles, também membro da SBP, reforça a necessidade de consultar os relatórios de balneabilidade antes de entrar no mar. “A qualidade da água é um fator decisivo. Muitas vezes, as pessoas mergulham em praias contaminadas sem saber, o que eleva o risco de contrair viroses e outras doenças.”
Dr. Telles também destaca a importância de identificar os sinais de desidratação. “Boca seca, olhos fundos, sonolência, irritabilidade e redução na quantidade de urina são sinais claros de que o corpo está desidratado. Esses sintomas demandam atenção médica imediata, principalmente em crianças, que desidratam mais rapidamente.”
Os especialistas concordam que, apesar do cenário preocupante, é possível reduzir os riscos com atitudes preventivas. A Dra. Anna Bohn sugere que turistas e moradores redobrem os cuidados com a higiene e fiquem atentos à procedência dos alimentos consumidos durante a temporada.
“Evite consumir alimentos crus ou mal cozidos, especialmente frutos do mar. Sempre prefira locais confiáveis e higienize bem frutas e vegetais antes de consumir. Além disso, mantenha sempre as mãos limpas e leve álcool gel para situações em que não seja possível lavar as mãos com água e sabão”, orienta a pediatra.
Para Dr. Telles, a conscientização sobre os perigos das praias contaminadas é essencial. “A CETESB disponibiliza informações atualizadas sobre a balneabilidade das praias em seu site. É uma consulta rápida que pode evitar problemas de saúde graves”, explica.
Não há tratamento específico para a gastroenterite viral. O foco, segundo os profissionais, é no alívio dos sintomas e na hidratação constante. “Soluções de reidratação oral, disponíveis em farmácias, são altamente recomendadas. Evite o uso de soro caseiro, pois as proporções incorretas podem piorar o quadro”, orienta a Dra. Anna Bohn.
Por fim, o Dr. Telles reforça que, ao identificar sinais de desidratação ou se os sintomas persistirem, é fundamental buscar ajuda médica. “A rápida procura por atendimento pode evitar complicações, especialmente em crianças e idosos, que são os grupos mais vulneráveis.”
O verão de 2025 trouxe um alerta sanitário ao litoral paulista, com um surto de gastroenterite viral afetando milhares de pessoas. Cidades como Guarujá, Santos, Praia Grande e São Vicente registraram um aumento expressivo nos atendimentos de moradores e turistas, que apresentaram sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e febre.
No Guarujá, mais de 2 mil pessoas procuraram atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) apenas no último mês de dezembro. Em Santos, os primeiros dias de janeiro já somam 273 casos atendidos em unidades de urgência, enquanto dezembro registrou mais de 2.200 ocorrências. Praia Grande, que recebeu cerca de 2 milhões de visitantes nas festas de fim de ano, teve um aumento de 40% nos atendimentos relacionados a viroses em comparação ao mesmo período do ano passado.
Especialistas em saúde pública apontam que o aumento das temperaturas, as aglomerações características da temporada e as condições inadequadas de saneamento básico criam um cenário ideal para a proliferação de vírus e bactérias.
A pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Anna Bohn, ,explica que as viroses gastrointestinais são comuns no verão, mas podem se agravar em ambientes onde o saneamento é precário. “O calor favorece a multiplicação de micro-organismos, e a alta circulação de pessoas facilita a transmissão. O contato com águas contaminadas e a ingestão de alimentos manipulados sem higiene adequada são os maiores riscos”, alerta.
A pediatra reforça a importância de medidas simples para prevenir a doença: “Lavar as mãos com água e sabão antes das refeições e após usar o banheiro é fundamental. Além disso, é crucial evitar alimentos de procedência duvidosa, especialmente frutos do mar, que podem ser contaminados durante o preparo.”
Outra preocupação destacada pela médica é a hidratação. “A desidratação é o principal perigo da gastroenterite, especialmente para crianças e idosos. Por isso, é importante manter uma boa ingestão de líquidos, como água mineral e soluções de reidratação oral.”
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), 38 praias estão impróprias para banho no litoral paulista. Essa situação aumenta o risco de contaminação por água poluída, que pode conter vírus, bactérias e outros agentes infecciosos.
O pediatra Dr. Paulo Telles, também membro da SBP, reforça a necessidade de consultar os relatórios de balneabilidade antes de entrar no mar. “A qualidade da água é um fator decisivo. Muitas vezes, as pessoas mergulham em praias contaminadas sem saber, o que eleva o risco de contrair viroses e outras doenças.”
Dr. Telles também destaca a importância de identificar os sinais de desidratação. “Boca seca, olhos fundos, sonolência, irritabilidade e redução na quantidade de urina são sinais claros de que o corpo está desidratado. Esses sintomas demandam atenção médica imediata, principalmente em crianças, que desidratam mais rapidamente.”
Os especialistas concordam que, apesar do cenário preocupante, é possível reduzir os riscos com atitudes preventivas. A Dra. Anna Bohn sugere que turistas e moradores redobrem os cuidados com a higiene e fiquem atentos à procedência dos alimentos consumidos durante a temporada.
“Evite consumir alimentos crus ou mal cozidos, especialmente frutos do mar. Sempre prefira locais confiáveis e higienize bem frutas e vegetais antes de consumir. Além disso, mantenha sempre as mãos limpas e leve álcool gel para situações em que não seja possível lavar as mãos com água e sabão”, orienta a pediatra.
Para Dr. Telles, a conscientização sobre os perigos das praias contaminadas é essencial. “A CETESB disponibiliza informações atualizadas sobre a balneabilidade das praias em seu site. É uma consulta rápida que pode evitar problemas de saúde graves”, explica.
Não há tratamento específico para a gastroenterite viral. O foco, segundo os profissionais, é no alívio dos sintomas e na hidratação constante. “Soluções de reidratação oral, disponíveis em farmácias, são altamente recomendadas. Evite o uso de soro caseiro, pois as proporções incorretas podem piorar o quadro”, orienta a Dra. Anna Bohn.
Por fim, o Dr. Telles reforça que, ao identificar sinais de desidratação ou se os sintomas persistirem, é fundamental buscar ajuda médica. “A rápida procura por atendimento pode evitar complicações, especialmente em crianças e idosos, que são os grupos mais vulneráveis.”
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