
Refluxo: atenção aos sinais para evitar complicações graves
Quem sofre de azia com frequência sabe como os sintomas
do refluxo gastroesofágico podem ser desconfortáveis e, muitas vezes,
limitantes. A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é caracterizada pelo
retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, provocando uma série de
sintomas incômodos. Quando esse problema ocorre de forma recorrente, pode
desencadear complicações graves, como esofagite, úlceras e até problemas
respiratórios. Por isso, é fundamental identificar os sinais do refluxo de
forma precoce e buscar tratamento adequado para evitar o agravamento da condição.
A DRGE ocorre devido ao mau funcionamento da válvula que
separa o esôfago do estômago, chamada de esfíncter esofágico inferior. Quando
essa válvula não se fecha corretamente, o conteúdo gástrico retorna para o
esôfago, provocando os sintomas característicos do refluxo, como a queimação no
peito, a famosa azia, queimação na garganta, dores no tórax, regurgitação e até
tosse crônica. Muitos dos sintomas podem ser confundidos com outros problemas
de saúde, como doenças cardíacas ou distúrbios respiratórios, o que torna ainda
mais importante procurar um médico, especialmente quando os sintomas se tornam
frequentes ou mais intensos.
A Unimed alerta para a necessidade de um acompanhamento
médico especializado caso você perceba esses sinais de forma recorrente. “Embora
o sintoma mais comum do refluxo seja a azia, outros sinais podem ser igualmente
preocupantes, como a sensação de queimação na garganta, que pode ser
acompanhada de dor ou até rouquidão, além da tosse crônica, principalmente à
noite ou após as refeições. Esses sintomas podem afetar o bem-estar diário,
dificultando a alimentação, o sono e até o trabalho. No entanto, muitas pessoas
não percebem a gravidade da doença, o que pode levar ao agravamento dos
sintomas e ao desenvolvimento de complicações mais sérias, como esofagite e
úlceras no esôfago, que podem demandar tratamentos mais intensivos, como
cirurgia”, explica.
A alimentação inadequada, o sobrepeso, o consumo de
álcool, cigarro e o estresse são fatores que agravam a DRGE e devem ser
observados. “A mudança no estilo de vida pode ter um impacto significativo na
prevenção e no controle dos sintomas do refluxo. A Unimed Limeira recomenda a
adoção de uma alimentação balanceada, com o consumo reduzido de alimentos
gordurosos, frituras, bebidas alcoólicas, café e alimentos cítricos, que são
conhecidos por piorar o quadro. Além disso, é importante controlar o peso
corporal, pois o excesso de peso aumenta a pressão abdominal, favorecendo o
retorno do ácido gástrico para o esôfago”, destaca.
Outro cuidado fundamental é a postura após as refeições.
É importante evitar se deitar logo após comer, pois essa posição facilita o
refluxo. Esperar ao menos duas a três horas após a refeição antes de se deitar
pode ajudar a reduzir os sintomas. Além disso, a prática de atividades físicas
regulares, a redução do estresse e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais
no tratamento e na prevenção do refluxo. A ioga, a meditação e outras práticas
que auxiliam no controle do estresse são muito recomendadas pelos médicos.
Em casos mais graves de refluxo gastroesofágico, pode ser
necessário o uso de medicamentos prescritos por um gastroenterologista. “Em
alguns casos, quando as mudanças no estilo de vida e os medicamentos não são
suficientes, os médicos podem recomendar procedimentos específicos ou até mesmo
cirurgias. Portanto, é fundamental que o tratamento seja orientado por um
especialista, que, além de considerar os sintomas, irá solicitar exames
específicos para o diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado”,
informa.
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