
Alzheimer atinge quase 900 pessoas em Limeira em 15 meses
A
Doença de Alzheimer acometeu 886 pessoas em Limeira em apenas 15 meses. O dado foi
revelado pela Secretaria Municipal de Saúde em resposta ao Requerimento Nº
202/2025, de autoria do vereador e médico geriatra Dr. Marcelo Rossi (MDB). As
informações, encaminhadas ao gabinete parlamentar em abril, referem-se ao
período entre janeiro de 2024 e março de 2025, e foram extraídas do Sistema
Integrado de Saúde da cidade.
“O dado é impressionante e comprova o alerta que estamos
fazendo desde a criação da Lei do Alzheimer [Lei Nº 5.833/2017]. A população
está envelhecendo e consequentemente os números da demência estão em
disparada”, analisa o vereador, que é médico geriatra. Ele é idealizador de
quatro seminários sobre o tema e defensor ativo de políticas públicas voltadas
ao envelhecimento saudável.
Para Dr. Marcelo, o enfrentamento ao Alzheimer deve se
basear em três pilares: conscientização, prevenção e diagnóstico precoce.
“Estamos diante de uma doença sem cura, mas que pode ser prevenida em parte,
ter sua progressão retardada e, principalmente, permitir melhor qualidade de
vida tanto ao paciente quanto aos familiares. Mas isso só é possível com
informação, estrutura e políticas públicas adequadas”, defendeu.
Além de evidenciar os dados, o relatório enviado ao
vereador também detalha o fluxo de atendimento da rede pública municipal,
incluindo a estrutura atualmente disponível para pacientes com a doença. Diante
do quadro, Dr. Marcelo acredita que Limeira pode se transformar em referência
na área, especialmente com a retomada das obras do Centro de Referência do Idoso e
os estudos para implantação do Centro
de Atenção e Prevenção da Doença de Alzheimer (Capaz).
Outras iniciativas em tramitação citadas pelo vereador
incluem a Pulseira do Alzheimer
(Projeto de Lei Nº 88/2025), o programa Bolsa
Creche para Idosos (PL Nº 107/2025) e o Banco de Fraldas para Adultos
(PL Nº 50/2025). “Estamos atuando em diversas frentes porque a Doença de
Alzheimer é um desafio coletivo. Não impacta apenas o paciente, mas também
famílias, profissionais de saúde e o próprio sistema público”, observou.
A Doença de Alzheimer (DA) é o tipo mais comum de
demência neurodegenerativa entre os idosos e responde por mais da metade dos
casos diagnosticados no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se
de uma doença progressiva e fatal,
caracterizada pela perda de memória, alterações cognitivas e comportamentais, e
comprometimento das atividades cotidianas.
A
doença se desenvolve quando o cérebro processa proteínas de forma errada,
formando fragmentos tóxicos que se acumulam entre os neurônios, provocando sua
destruição, especialmente em áreas essenciais como o hipocampo (responsável
pela memória) e o córtex cerebral (relacionado à linguagem e ao raciocínio).
Embora a causa
exata da doença ainda não seja conhecida, acredita-se que
exista forte influência genética. Além disso, fatores como idade avançada, baixo nível de escolaridade e histórico familiar aumentam o
risco de desenvolvimento do Alzheimer.
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