Dia Mundial da Psoríase alerta para diagnóstico precoce
Hoje, 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Psoríase, doença inflamatória crônica que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca de 3% da população mundial. Apesar de não ser contagiosa, a psoríase pode gerar desconforto físico e emocional significativo, afetando a qualidade de vida dos pacientes. Celebridades como Beyoncé, Cyndi Lauper, Kim Kardashian, Kelly Key e Xandy Avião já tornaram público seu diagnóstico, contribuindo para a conscientização sobre a condição.
Em entrevista exclusiva à Gazeta, a Dra. Bárbara Valadares, dermatologista clínica e cirúrgica atuante em Limeira, explicou os sinais, sintomas e fatores desencadeantes da doença. “A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele. Observamos uma proliferação acelerada das células, com períodos de exacerbação e remissão. Ela pode ser desencadeada tanto por fatores genéticos quanto ambientais, como estresse”, explicou a especialista.
Entre os sintomas mais comuns estão placas bem delimitadas na pele, com escamas prateadas, sinais típicos em couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos e pés, alterações nas unhas, como descolamento e distrofias, e possível comprometimento articular, com dores em cotovelos e joelhos. A Dra. Bárbara destacou também o fenômeno de Koebner, caracterizado pelo surgimento de novas lesões em locais de trauma cutâneo. “Se o paciente sofre algum trauma na pele, é possível que novas lesões apareçam naquela área. É importante orientar os pacientes sobre esse aspecto”, completou.
O tratamento da psoríase varia de acordo com a gravidade da doença. Em casos leves, podem ser utilizados corticosteroides tópicos, análogos da vitamina D e hidratantes, com o objetivo de controlar a inflamação e manter a barreira cutânea. Para casos moderados a graves, existem alternativas como fototerapia e terapias biológicas, que auxiliam no controle de sintomas mais intensos ou resistentes. A especialista reforçou a importância de evitar gatilhos, como estresse, consumo de álcool e tabagismo, além de manter hidratação e fotoproteção constantes.
A Limeirense Andriele Nogueira, de 32 anos, compartilhou sua experiência com a Gazeta. “Tenho muitas lembranças ligadas ao meu cabelo, isso foi profundamente pessoal, principalmente na adolescência, por volta dos 15 anos, quando começaram os sintomas. Meu pai aplicava óleo no meu couro cabeludo para tratar a psoríase, e esses momentos foram marcantes para mim. Hoje, com o acompanhamento médico e os avanços da medicina, tudo é mais prático”, disse a comerciante.
O Dia Mundial da Psoríase serve para reforçar a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e do apoio emocional aos pacientes. Conhecer os sinais da doença e procurar acompanhamento dermatológico pode melhorar significativamente a qualidade de vida de quem convive com a psoríase.
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