Neste 25 de novembro, a Gazeta de Limeira destaca o Dia Nacional do Doador de Sangue com uma entrevista especial e uma homenagem aos cidadãos que dão continuidade à outras vidas: a doação. A data reconhece quem oferece parte do próprio tempo para apoiar pacientes em tratamentos, cirurgias e situações de emergência, além de incentivar a população a manter o compromisso com a doação regular.

O mês de novembro ocupa posição estratégica no calendário por anteceder um período conhecido pela queda dos estoques nos hemocentros. Com a aproximação das férias, das festas de fim de ano, do carnaval e de feriados prolongados, o volume disponível diminui e impõe atenção às equipes responsáveis pela captação de doadores. Nesse cenário, o dia 25 reforça a necessidade de doações constantes durante todo o ano.

Nascido em Cordeirópolis, Arlindo Ozelo, hoje com 74 anos, consolidou um percurso único. Mantém o registro de 51 anos de doações, iniciadas em 1970, quando completou 19 anos. Sua primeira doação ocorreu na Santa Casa de Limeira, destinada a um morador do bairro de Cascalho que necessitava de sangue. O nome do destinatário não permaneceu em sua lembrança, mas o impacto daquele ato definiu seu compromisso permanente.

Ao longo das décadas, Arlindo realizou, na maior parte dos anos, duas doações e manteve esse ritmo com constância. Com este total, ele pode ter ajudado a salvar cerca de 400 vidas, levando em conta que cada doação pode ajudar até quatro pessoas. “Contribuir com o próximo é sinônimo de vida, prosperidade e solidariedade. Doar sangue é um ato de amor. E amor, quando se multiplica, salva vidas”, afirmou em entrevista.

A última doação, após 51 anos de dedicação, ocorreu durante a pandemia da Covid-19, em 2021, ano em que completou 70 anos e encerrou o ciclo por recomendação médica. Esse fechamento simbolizou o término de uma etapa marcada por disciplina e propósito. “Sempre tive vontade de contribuir, ajudar. Me sinto bem com isso”, declara.

A trajetória de Arlindo Ozelo reafirma o sentido do Dia Nacional do Doador de Sangue. Sua constância demonstra que cada doação integra uma cadeia que alcança hospitais, profissionais de saúde, pacientes e famílias. Neste 25 de novembro, a Gazeta reconhece Arlindo e todos os doadores que sustentam um compromisso silencioso e vital. Cada bolsa entregue fortalece vidas, preserva histórias e permite que pessoas em situações críticas encontrem novas possibilidades de recuperação.