O Laboratório Municipal de Citopatologia de Limeira, responsável pela análise dos exames de prevenção do câncer do colo do útero (Papanicolau) realizados na rede municipal, alcançou mais uma vez um resultado de excelência na avaliação do Laboratório de Análises Clínicas da Unicamp, instituição que certifica a unidade semestralmente. No processo mais recente, concluído no dia 7, a universidade constatou índice de concordância de 97,61% entre os diagnósticos, desempenho considerado de excelente qualidade pelos avaliadores. Localizado na Rua João Machado Gomes Júnior, 54, na Vila Cláudia, o serviço é mantido pela Prefeitura de Limeira.

Referência na região, o laboratório realiza 15 mil análises por ano, sendo 11 mil provenientes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Limeira. Também atende municípios vizinhos – Cordeirópolis, Engenheiro Coelho e Iracemápolis. A equipe responsável por todo esse volume é composta por duas citopatologistas que atuam na leitura das lâminas e duas técnicas que são responsáveis por toda parte pré-analítica dos exames.

Segundo a diretora de Atenção Básica de Saúde, Denise Ferro, a relevância desse trabalho é reforçada pelo cenário nacional. O câncer do colo do útero é um dos tipos mais comuns entre mulheres e está fortemente relacionado à infecção persistente pelo HPV. Para 2025, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 17.010 novos casos no país. Em 2023, foram registradas 7.209 mortes pela doença. Nesse contexto, o exame preventivo (Papanicolau) é considerado a principal estratégia para identificar alterações precursoras e garantir o diagnóstico precoce.

Como fazer o Papanicolau
O Papanicolau está disponível gratuitamente em todas as UBSs. Para realizar o exame, basta que a mulher procure a equipe de enfermagem da unidade mais próxima. Para assegurar o resultado adequado, há algumas orientações:
– evitar relações sexuais (mesmo com camisinha) de 48 a 72 horas antes do exame;
– não usar duchas íntimas, cremes, pomadas ou lubrificantes vaginais, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores;
– não realizar o exame durante a menstruação, pois o sangue pode interferir na análise.

O exame é voltado a pessoas de 25 a 64 anos, sexualmente ativas, o que inclui homens trans. Mulheres grávidas também podem fazer o exame com segurança, sem riscos para o bebê. Os dois primeiros exames devem ser anuais; estando ambos normais, a repetição passa a ser necessária a cada três anos.