Uma mulher, de 41 anos, procurou o plantão policial, durante a noite desta quinta-feira para relatar ter presenciado um homem se masturbando no meio da rua, no Cidade Jardim. Ela caminhava pela rua Santos Dumont, quando percebeu que o homem estava com as calças abaixadas e se tocando. Para a polícia, a vítima disse que estava a caminho de um comércio próximo, quando viu o carro subindo a rua, na contramão. Logo após passar por ela, o carro parou. O motorista ficou dentro do veículo com o motor ligado. "Quando cheguei perto dele e percebi o que estava acontecendo, vi que ele colocou a mão na maçaneta da porta para abri-la. Tive a impressão de ele estar vindo para cima de mim", relata a vítima, em conversa com a Gazeta. Ela ainda disse que acredita que foi atacada de forma aleatória. "Acredito que ele estava na esquina de baixo esperando alguém para atacar. Fui eu, mas poderia ter sido qualquer outra mulher", relatou.
Assustada, ela se escondeu atrás de uma árvore, pegou o telefone celular e conseguiu fotografar o veículo, com as placas. A informação foi passada para a Polícia Civil, que já identificou o veículo. Trata-se de um Toyota Corolla, com placas de Cosmópolis. O veículo estaria em nome de uma empresa. Ao perceber a reação da vítima, o homem fugiu.
À Gazeta, a mulher alegou que o suspeito é um homem acima de qualquer suspeita. "Esse tipo de gente não tem cara mesmo, né"! Ele é bem-apessoado, bem vestido, usando óculos de grau e em um carro legal. Jamais imaginaria que ele pudesse fazer algum mal para mim", relatou. A PM foi acionada, mas como o suspeito já havia fugido, a vítima foi orientada a registrar o caso no plantão policial.
Aparentemente, o homem não estava armado. Tinha apenas algo parecido com um pedaço de pano nas mãos.
A vítima relata uma rotina de medo após o ocorrido. Bastante assustada ainda e se sentindo anestesiada com a situação, a vítima disse que está com medo de sair no portão de casa e que, agora, para as tarefas mais simples, vai levar o cachorro junto. "O medo é de a gente não saber o que vai acontecer. Se ele me pega e coloca dentro do carro, eu não sei se voltaria para casa. E tenho uma filha para criar", disse ela.

ANJO DA GUARDA
Ainda em seu depoimento à Gazeta, a vítima relatou que foi bem protegida pelo que chamou de "anjo da guarda". A vítima alegou que quando o carro passou por ela foi "avisada" que era para desviar. "Não ouvi. Segui em frente e veja no que deu. Mas mesmo assim, meu 'anjinho' estava de plantão e me protegeu", alegou.
Em depoimento ao delegado, ela disse que queria registrar a queixa, mesmo que isso implique em algumas visitas à delegacia, pois tem a convicção de que nenhuma mulher tem a obrigação de passar pelo que ela passou. "Que ele seja pego e pague pelo que fez comigo", finalizou a vítima.