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Mãe briga com pit bull para salvar bebê de 2 anos

Uma bebê, de dois anos de vida, foi salva da boca de um pit bull pela própria mãe, na tarde do último sábado, no Jardim Nova Suíça, em Limeira. Caroline Silva Santos da Mata se viu obrigada a entrar em luta corporal com um pit bull, de cerca de um ano e meio, que atacou a pequena Heloísa, em um momento de descuido da dona do animal.
As mulheres são vizinhas. Heloísa e a Caroline, que trabalha por conta própria, brincavam na porta de casa e foram chamadas à casa da dona do animal para retirar alguns produtos que Caroline vende. "Ela me disse que precisava devolver alguns produtos que ela não iria comprar e fui com a Helô até a porta da casa dela", relatou Caroline à reportagem da Gazeta.
Segundo relato de ambas, assim que a vizinha abriu o portão, o cachorro passou pelo meio das pernas dela, decidido a atacar Heloísa. "Quando eu vi, já tinha passado", disse a tutora do animal, que carregava também o filho, de 5 meses. Na tentativa de evitar o ataque, a mulher caiu e fez com que a criança batesse a cabeça no portão. Ela também fraturou um dos dedos. Furioso, o animal mordeu a parte de trás da cabeça da menina e tentou arrastá-la para o meio da rua. "Foi aí que eu tiver de reagir para salvar minha filha", alegou Caroline.

A BRIGA
A bebê já ficou ferida depois que o cachorro a derrubou. Caroline, então, pulou em cima dele e travou a filha no meio das pernas. "Se ele quisesse levar Helô [para o meio da rua] teria de me levar junto", relatou a mãe. O ataque, que arrancou parte do couro cabeludo da menina, não foi mais violento porque a mulher dava socos no rosto e coloca a mão na boca do cão para tentar abrí-la. "Nunca pensei que um cão desse tivesse tanta força", disse Caroline. Além de morder a bebê, o cachorro balançava a cabeça fazendo com que a menina tivesse arranhões no rosto e em algumas partes do corpo.
Impossibilitada de ajudar a vizinha, por estar carregando o filho no colo, a tutora do animal disse ter se desesperado. "Eu ouvia ela pedir pelo amor de Deus para ajudá-la, mas eu não conseguia, por estar com o meu filho. Foi horrível e muito rápido.", afirmou a tutora do cão. O ataque só terminou depois que um outro vizinho saiu à rua e correu para ajudar. "Ele começou a mexer com a pata traseira do cão. De repente, ele abriu a boca e puxei a Helô. Antes do cão tentar uma reação saltei e levei a menina para longe dele", alegou a mulher.
A menina foi socorrida por familiares até a Santa Casa, para onde a mãe também foi encaminhada por uma desconhecida. "Ela passou na rua, viu meu desespero e ofereceu para me levar. Não sei nem quem é. Pulei no carro e fui ao hospital" disse Caroline.
Heloísa deu entrada na unidade hospitalar machucada e em estado de choque. Passou por exames e, após a constatação da lesão na cabeça, passou por cirurgia para a limpeza e o fechamento do ferimento com pontos. "Logo após o primeiro atendimento, a médica veio falar comigo e me pediu calma, que minha filha estava bem", falou a mãe.
Caroline acredita ter sido uma fatalidade o que ocorreu. "Imagina. Não tem nem cabimento pensar diferente. Nós somos amigas e por isso não tenho sentimento nenhum. Fiquei com raiva do cachorro na hora e eu vou fazer de tudo para retirá-lo daqui para fazer justiça pela minha filha", finalizou Caroline.


TUTORA
A tutora do animal disse conhecer a família da bebê há alguns anos e disse que tudo não passou de um descuido. "O que ocorreu foi um descuido da minha parte. Eu deveria ter prendido o cachorro antes de abrir o portão. Assumo minha responsabilidade", alegou a manicure, que está arcando com os custos dos remédios do tratamento de Heloísa. Segundo ela, o cão já tinha apresentado comportamento violento com outros cães, mas nunca com pessoas. "Agora eu estou com medo, pois tenho um bebê. Estou disposta a tomar a providência que for necessária com o animal, inclusive ter de abrir mão dele", afirmou a mulher.
Segundo apurado pela Gazeta, o Centro de Controle de Zoonoses esteve no local para inspecionar as condições do local e do animal. O cão não apresentava sinais de maus tratos e o espaço onde ele fica, segundo relatos das mulheres, pareceu adequado para os servidores públicos. O caso foi registrado por agentes da Guarda Civil Municipal, como lesão corporal no plantão policial. "Graças a Deus foi só o susto, mas eu não desejo isso para família nenhuma. É uma coisa que eu não vou tirar nunca da minha cabeça", relatou aos prantos a mãe.

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