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PM de Limeira institui Patrulha Maria da Penha

A Polícia Militar (PM) de Limeira, por meio da 1ª Companhia, comandada pelo capitão Herlon, instituiu na cidade desde o último sábado, a Patrulha Maria da Penha. Dois policiais militares fazem o levantamento das medidas protetivas concedidas às vítimas de violência doméstica e visitam as mulheres. A intenção, segundo a corporação, é se aproximar da vítima para que ela se sinta amparada, mostrar o aplicativo SOS Mulher, semelhante ao "Botão do Pânico" da Guarda Civil Municipal, e evitar que as mulheres sejam vítimas novamente de violência no âmbito doméstico.
Para isso, o sargento Alessandro e a cabo Adriane participaram de cursos e simpósios, promovidos pela corporação para se especializarem no assunto. Durante o turno de serviço desses policiais, eles estarão destacados exclusivamente para fazer visitas às mulheres. Nas rondas, os policiais orientam a protegida sobre os seus direitos e dos instrumentos disponibilizados para a sua proteção, como, por exemplo, a Rede Elza Tank de Proteção às Mulheres. A situação de vulnerabilidade da mulher também é analisada. "Fomos em uma casa, no sábado, onde a mulher dormia em um colchão com os 3 filhos. Ela depende financeiramente do agressor", disse o sargento. Caso seja necessário, a corporação encaminha o caso ao serviço de assistência social do município.
Além disso, todas as viaturas da corporação são comunicadas dos endereços das vítimas, para focar o patrulhamento próximo à casa ou o trabalho das mulheres. "Caso a gente perceba algo diferente, paramos a viatura e vamos conversar com a mulher para ver se está tudo bem e se ela precisa de alguma coisa", disse o sargento.
No primeiro dia, os policiais conseguiram visitar seis mulheres. "Algumas até assustaram com a nossa presença e disseram desconhecer o serviço que a gente está prestando. Todas elas, agradeceram e alegaram se sentirem mais seguras depois da nossa visita", relatou Alessandro.

APLICATIVO
No ar há quase dois anos, o aplicativo SOS Mulher ainda é pouco conhecido. "Em todas as visitas que fizemos nestes dois dias, nenhuma mulher conhecia o dispositivo", afirmou o sargento. Neste caso, os policiais instalam o aplicativo, fazem o cadastro e ensinam a mulher a manuseá-lo. Em caso de perigo, a vítima deve apertar por 5 segundos um botão virtual. Sem que ela precise falar nada, um alerta é emitido ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e a viatura mais próxima do local apontado pelo sistema de georreferenciamento, vai em socorro à mulher.
Todas as mulheres com medidas protetivas expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo têm acesso ao serviço, que funciona em todo o território paulista. Se a pessoa sair de Limeira, por exemplo, o próprio sistema do aplicativo localiza o Copom mais próximo para avisar do perigo. Para ter acesso ao serviço do aplicativo, é necessário fazer um cadastro prévio. Isso abrevia o atendimento da ocorrência, se comparado com o pedido de socorro feito via telefone 190.


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