Uma jovem, de 28 anos, usou o PIX, meio de pagamento eletrônico, para quitar uma dívida que o namorado dela, de 29 anos, tinha com uma garota de programa, estuprada em 28 de setembro. Ela mesmo entrou em contato com a vítima pelo WhatsApp, alegando que faria o pagamento, em troca da retirada da queixa na delegacia.
A garota de programa alega ter sido estuprada após marcar um programa sexual pelo aplicativo de mensagem. Na época, a vítima disse que assim que chegou a uma "casa de massagem" no Jardim Montezuma, foi agarrada e violentada pelo rapaz, que não teria usado preservativo. Após o ato, o rapaz fugiu em uma moto. A GCM chegou a identificar a moto, mas o veículo já foi vendido algumas vezes, sem que a transferência tivesse sido realizada.

INVESTIGAÇÃO
Ao dar o depoimento à equipe de investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), comandada pela delegada Talita Navarro, a jovem disse ter recebido mensagem do agressor, após a repercussão que o caso teve na imprensa. Diante da inércia da vítima, a namorada do rapaz entrou em contato do telefone dela e pediu para que a vítima retirasse a queixa, pois faria o pagamento do valor devido pelo suspeito.
A princípio, a jovem se identificou como irmã do suspeito. A vítima foi orientada a aceitar o acordo, pois pelo meio de pagamento, a Polícia Civil conseguiria chegar à pagante. Com o número do telefone registrado, a Polícia Civil entrou em contato e disse já saber quem era o tal irmão, suspeito do crime.
Com medo, a jovem disse que, na verdade, era namorada do rapaz e que ele se apresentaria à polícia. Na última semana do mês passado, o homem foi à DDM, acompanhado de um advogado, confirmou o programa, mas negou a violência. Ele deve responder ao processo por estupro, em liberdade.