Um menino, de 6 anos de idade, poderia ter causado uma tragédia no Jardim Monte Verde, zona rural de Limeira, na manhã desta quarta-feira. Desacompanhado e de posse de uma caixa de fósforo, a criança ateou fogo no colchão da residência, simples e formada por dois cômodos. Segundo o pai da criança, que conversou com a Gazeta, a mãe estava no andar de baixo da construção cuidando da sogra, quando ouviu o grito de susto da criança.

Ao dar a volta no imóvel e chegar na porta de casa, a mulher percebeu que o colchão já estava em chamas. Ela teve tempo apenas de retirar os filhos e alguns pertences da casa e pedir ajuda aos vizinhos, antes de ver o fogo consumir tudo que havia na parte alta do imóvel. A sogra foi retirada do andar inferior, também sem ferimentos.

Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, vizinhos já haviam debelado e controlado as chamas. Os militares fizeram um rescaldo e isolaram o local para a averiguação, que seria feita pela engenharia da Defesa Civil de Limeira. Uma das paredes da construção estufou e a preocupação é principalmente com a rede de fiação elétrica da casa, que pode sofrer um super aquecimento e voltar a pegar fogo.

PROFISSIONAL

A Gazeta conversou com Juliana Bueno, pedagoga, pós graduada em psicopedagogia e estudante de psicologia, para entender o que leva um menino de 6 anos a brincar com fogo em cima de uma cama. A profissional alegou que a criança, provavelmente, teve a intenção de atear fogo na casa para, quem sabe, chamar a atenção dos pais. Para ela seria necessário saber sobre o núcleo familiar, mas classificou o incidente como "mais do que arte de criança".

Para Juliana, esse garoto precisa de um acompanhamento psicológico, pois acredita que teve tempo de treinar, de fazer experiências com fogo. "Criança não aprende só vendo. Criança aprende fazendo. Ele tem a noção, sim, que vai pegar fogo. Senão, não faria", finalizou Juliana.