Um rapaz, de 18 anos, foi baleado por um agente da Guarda Civil Municipal (GCM) após invadir a escola estadual José Marciliano, no Jardim Nova Suiça, durante a noite da quarta-feira. Ele estava acompanhado de um adolescente, de 16 anos, que foi detido, mas saiu ileso da ocorrência. Eles foram localizados pelo agente, que reside no local. O servidor público não estava no local, mas monitorava as câmeras de segurança pelo celular. Ao perceber que haviam pessoas desconhecidas no prédio, voltou à escola e pediu para que a esposa ficasse em casa. Ao delegado de polícia, ele disse que pediu ajuda via telefone 153 aos companheiros de farda e entrou no prédio sozinho, para buscar os invasores.

O agente disse que durante a varredura no prédio encontrou o rapaz, que lhe apontou um objeto e, que isso, teria motivado o disparo da pistola calibre 380, que empunhava. O tiro pegou no braço do invasor, que foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Depois, foi constatado que o jovem estaria empunhando uma Beretta, calibre 22. O segundo suspeito, ao ouvir os estampidos, tentou correr para fora do colégio, mas foi detido por outros guardas que estavam no local. As versões desses agentes apresentam algumas contradições com relação ao depoimento dado pelo morador do local.

Já os jovens, segundo o delegado, apresentaram versões semelhantes. Eles alegaram que invadiram o colégio para tomar tchay, pois já tinham sido alunos da instituição e que resolveram sair quando perceberam a chegada das viaturas. O rapaz baleado negou estar com arma e que não cometeria crime algum na escola. Diante das versões diferentes dadas pelos agentes entre si e as divergências apresentadas também com relação aos depoimentos dos invasores, o delegado determinou que todos fossem liberados e que o 3º Distrito Policial (DP), investigue com mais detalhes o ocorrido. As armas, que o garoto estaria empunhando e a do agente, foram apreendidas e deverão passar por perícia.