Foto de capa da notícia

Escola Municipal sofre com onda de vandalismo e furtos

Desde janeiro, o prédio da Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental (Emeif) Célio Sampaio Silva sofre com constantes invasões e furtos. Foi o que afirmou a mãe de uma aluna da escola, que preferiu o anonimato. O caso mais recente foi registrado durante o final de semana, quando vândalos invadiram o prédio arrombando cadeados e quebrando fechaduras. Normalmente, o vandalismo ocorre aos finais de semana quando o prédio fica fechado.

Anteontem, uma viatura da Guarda Civil Municipal, que já fazia rondas mais constantes na região passou pelo local. Os agentes Babler e Abib perceberam que o portão lateral, que dá acesso a um campo de futebol do antigo clube dos Funcionários estava aberto. "Achamos estranho o portão estar aberto daquele jeito e resolvemos parar para averiguar. Provavelmente, enquanto descíamos a trilha, os vândalos perceberam e fugiram pelos fundos da escola", alegou o agente que atendeu a ocorrência. Ao chamarem a representante da escola, os guardas souberam que os cadeados da parte de baixo estavam abertos e havia também fechaduras danificadas. 

AULAS ADIADAS

No dia 31 de janeiro, também um final de semana, os bandidos levaram os fios de energia, deixando a unidade às escuras. "Com a falta de energia, a comida dos nossos filhos estragou na geladeira", alegou a denunciante que falou com a Gazeta. Desta vez, tentaram entrar na secretaria e na diretoria da unidade, arrebentando vidros de portas e janelas. Imagens divulgadas em grupos de WhatsApp mostram danos e materiais escolares espalhados pela sala. Como a unidade ficou às escuras, as aulas que, inicialmente, começariam dia 7, tiveram de ser adiadas. 

CHINELO

Em 13 de fevereiro, outro domingo, um dos desocupados deixou para trás um par de chinelo. Neste caso, de acordo com a mulher que conversou com a reportagem, eles não conseguiram levar nada, pois funcionários de uma empresa de alambrado, contratada para reforçar a estrutura do local, gritaram ao perceber movimentação dentro da unidade.
Segundo o relato, a equipe da GCM que atendeu o caso do mês passado teria dito que seria necessário subir mais os muros e colocar portões mais fechados também, já que os existentes na escola são de tela. Um abaixo assinado dos pais seria entregue ao secretário da Educação André Luís de Francesco pedindo providência urgentes.

VULNERÁVEL

A Gazeta esteve na escola ontem. Dois lados dela ficam virados para as ruas Hermínia Aliberti e Avenida Sargento Pessoto. Os outros dois, são os pontos vulneráveis. A divisa com o antigo clube, onde existe um portão e os fundos, que fica na divisa com uma sub estação de eletricidade. Neste ponto, o muro é alto e tem cerca de arame farpado que protege a propriedade da concessionária de energia elétrica.
Vândalos podem acessar o clube pela rua paralela à avenida, pouco movimentada e com árvores que encobrem o muro do antigo clube. Da avenida não é possível ver o muro que divide a escola do clube por conta do portão. Seria por esse local que os desocupados têm invadido a unidade escolar.

SECRETÁRIO

Para uma emissora de rádio local, o secretário André Luís de Francesco disse, ontem de manhã, que já está em andamento um projeto de monitoramento, em tempo real, de todas as unidades escolares da cidade. A ideia é também colocar alarmes. A vigilância seria feita à distância na Central de Operações Integradas (Copi) da Guarda Civil Municipal. A parceria seria da pasta dele com a Secretaria de Segurança Pública Municipal, comandada por Wagner Marchi. Para ele, com isso, possíveis invasões seriam combatidas mais rapidamente pela Guarda Civil Municipal.

Fransceso ainda disse que a prefeitura tem realizado um trabalho de trazer a comunidade para dentro da escola. A intenção é fortalecer vínculos para tentar fazer a própria população ajudar no cuidado com os prédios públicos. No entanto, o secretário alegou que o processo para a efetivação do projeto de monitoramento por câmeras e alarmes ainda está na fazer de licitação. Ele não conseguiu estipular um prazo pela complexidade da ideia, mas disse que a verba já está garantida.
Enquanto isso, pais e alunos pedem socorro. "Essa escola presta um trabalho lindo, de verdade. Exemplar! Mas está esquecida pelo poder municipal", finalizou a mãe da aluna.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login