A equipe de investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Limeira, comandada pela delegada Talita Navarro, prendeu durante a manhã de ontem, um suspeito de tentar estuprar uma massagista, de 41 anos, em março, no consultório dela. O suspeito, um auxiliar de mecânico, de 29 anos, teria se passado por cliente para conseguir se encontrar com a profissional.

O primeiro contato foi pelo aplicativo de mensagem. O número do telefone da massagista consta em anúncios na internet. Alegando estar prestes a viajar, o suspeito insistiu para que a profissional o atendesse no dia do crime. À Gazeta, a massagista disse que remarcou um cliente antigo para poder atender o suspeito. "Eu não tinha mais horário naquele dia, mas como ele insistiu, pedi para o cliente daquela hora vir mais tarde. Ele dizia que estava estressado com a tal viagem e que precisava de uma massagem relaxante", alegou a vítima.

Ao chegar no local marcado, a massagista ofereceu a garagem do imóvel para que ele guardasse a moto, mas o suspeito negou. "Comecei a desconfiar dele ali. Achei estranho ele preferir deixar a moto na rua do que guardá-la e, por isso, resolvi tirar uma foto da placa. E avisei o rapaz que estava fazendo isso para minha segurança", frisou. Ambos entraram e a violência ocorreu logo que ele se viu sozinho com a mulher. "Ofereci água e virei para pegar. Ele partiu para cima de mim e tentou abaixar minha bermuda. Pediu que parasse, mas ele disse que havia me achado bonita, que queria ter 'algo a mais' e que não contaria para ninguém". relatou.

A mulher acredita que o suspeito ainda estava sob o efeito de entorpecente e que, por isso, não teria conseguido ter ereção. Depois de perceber que não conseguiria consumar o ato, o homem pegou R$ 500 que estavam no bolso da bermuda da vítima e tentou sair. Antes de fugir, ele ainda apontou uma arma para a massagista, exigindo que ela abrisse a porta que tinha sido trancada.

No dia seguinte, a mulher procurou a polícia, relatou o caso e passou a placa da moto do suspeito. Ao fazer a pesquisa pela identificação alfa numérica, policiais da DDM descobriram que o proprietário já tinha passagens pela polícia pelo mesmo crime. A vítima foi chamada e reconheceu o rapaz como o autor do crime. Diante dessas informações, a delegacia pediu para a Justiça a prisão dele, determinação que foi expedida e cumprida ontem. Para acessar o imóvel do suspeito, os policiais civis pediram apoio aos agentes da Guarda Civil Municipal.

Após o crime, a massagista alegou outras profissionais sobre o ocorrido. Pelo menos duas profissionais alegaram que também foram contatadas pelo suspeito, com o mesmo discurso para conseguir se encontrar com a vítima. "Acredito que ele possa ter achado que, por ser massagista, eu prestaria outro tipo de serviço que eu não faço. Mas ele veio sabendo que a massagem não tem cunho sexual. Tentou a sorte, mas não deu certo", finalizou a mulher.