A Justiça de Limeira determinou que o jovem, de 24 anos, acusado de ter tentado matar o pai dentro do apartamento da família, na última sexta-feira, passe por um exame de sanidade mental. Ele continua preso, por força de determinação judicial. No dia seguinte ao crime, a prisão em flagrante dele foi convertida em preventiva, ou seja, sem prazo para terminar. Já o pai, de 56 anos, esfaqueado no pescoço e no abdômen, segundo a Santa Casa, recebeu alta melhorada no mesmo dia em que foi atacado.

A realização do laudo é baseado no artigo 149 a 154 do Código de Processo Penal que prevê o chamado "Incidente de Insanidade". Esse incidente consiste no procedimento para verificação, através de perícia médica, da saúde mental do réu, em processo penal. Este procedimento tramita em processo diverso da ação penal e, após a apresentação do laudo, os processos são reunidos.

Na madrugada da última sexta-feira, dia 29, o rapaz, ex estudante de medicina, atacou o pai dentro do apartamento em que mora junto com ele, a mãe e um irmão adolescente, de 16 anos. A mãe disse, em depoimento, que foi acordada pelo adolescente, pedindo ajuda, pois o suspeito atacava o pai. A motivação, segundo o rapaz, é o fato de o pai tê-lo abusado sexualmente durante a infância. A versão foi confirmada pela mulher, em depoimento ao delegado plantonista. Em seu despacho, o juiz Guilherme Lamas alegou que foi a Defensoria Pública solicitou a abertura do incidente de insanidade. Enquanto estudante, em São Carlos, o indiciado foi diagnosticado com depressão, inclusive com o uso de medicamentos controlados. Ele já havia tentado suicídio, se trancando no banheiro com um carvão aceso.