O estudante, de 24 anos, suspeito de ter matado o enteado, no Jardim Nova Suíça, em julho de 2020, deve passar pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira. O julgamento está marcado para esta manhã. A vítima, então com 1 ano e 5 meses, foi atendido, inicialmente, como vítima de engasgamento. Viaturas da PM foram até a residência da família após um pedido de socorro, feito pelo próprio acusado. Os militares chegaram a fazer a manobra de desengasgamento, mas decidiram encaminhar o bebê para a Santa Casa. Porém, quando chegou no hospital, a equipe médica descobriu que o garoto estava com três costelas quebradas e afundamento de crânio e perfuração do pulmão.
A Justiça local pronunciou o acusado em novembro do ano passado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (sem chance de defesa e com uso de meio cruel), agravado pelo fato de o crime ter sido cometido em âmbito familiar e contra criança. 

O CASO

Em depoimento, o estudante, padrasto do garoto, não soube explicar os motivos dos ferimentos que o bebê apresentava, foi levado à delegacia e liberado pelo delegado plantonista, após prestar esclarecimentos. Na oportunidade, Assis José Cristofoletti disse que não ignorava a gravidade das lesões suportadas pela criança, mas que “não via motivo para prender o suspeito em flagrante". Com a repercussão do caso, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no dia seguinte, representou pela prisão preventiva do estudante, concedida pela justiça local. A defesa do estudante chegou a pedir o relaxamento da prisão, mas ele permanece preso. Na sua decisão, o juiz de direito alegou que "as lesões que provocaram a morte da criança foram descritas no exame cadavérico, indicando tratar-se de morte violenta e não acidental, como quer crer a defesa. Ademais, o Profissional médico que realizou os primeiros socorros na criança informou que há sinais notórios e evidentes da síndrome da criança espancada (shaken baby)".