Duas equipes, da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Municipal (GCM) de Limeira realizaram socorro de mulheres que estavam passando por um momento de dificuldade, nos últimos dias em Limeira. Esse tipo de ocorrência mais comum do que se imagina. Talvez pelo fato de o número de emergência da Polícia Militar ser o mais lembrado. Há alguns anos, a Gazeta fez uma enquete informal no Centro, perguntando para as pessoas os números de telefones de emergência. Todas as pessoas que foram perguntadas acertaram o telefone da PM. O número dos Bombeiros foi lembrado por cerca de 70% do público que participou da ação e pouco mais da metade lembraram do telefone do Samu, que é o 192. Além disso, como as viaturas das duas corporações ficam transitando pelas ruas, a probabilidade de a equipe se deparar com a ocorrência já em andamento é grande.  

Foi o que aconteceu com os cabos Marcelo e Pinheiro, no último dia 3, quando a dona de um restaurante, localizado na Vila Piza, sofreu um princípio de infarto. Ela estava trabalhando e começou a passar mal. Funcionários e clientes do local acionaram uma equipe de socorro médico particular da cidade. Mas a viatura que passou foi a dos policiais militares. Solicitados, eles pararam e, diante da gravidade do caso de saúde da vítima, eles mesmo fizeram o socorro. “Se o policial perceber que a pessoa precisa de socorro imediato, ele tem autonomia para decidir o que fazer. A orientação da corporação é que, em situação de emergência, os sinais luminosos (highlight) e sonoros (sirene) sejam ligados e a pessoa seja socorrida pela própria viatura. Se puder prestar os primeiros socorros e esperar o resgate, o ideal é que espere por ajuda técnica. Nesse caso específico, de problema coronário, não há nenhum impedimento do socorro, pois não há perigo de agravamento de alguma lesão, pelo contrário, a análise e decisão rápida da equipe PM contribuiu muito para a preservação de mais uma vida”, relatou o comandante operacional do 36º BPM/I, major PM Marcelo Facádio. Após o socorro, a mulher ficou hospitalizada para a realização de exames e se recuperou.  

AGRADECIMENTO

Em um áudio enviado para o WhatsApp da 5ª Companhia, a empresária agradeceu o empenho dos policiais. “Eu queria muito pela minha vida aos policiais Pinheiro e Marcelo, porque eu não sei se eu estaria aqui para falar sobre isso. Eu não tenho palavra para agradecer o que eles fizeram por mim”, relatou a mulher emocionada.

TERMINAL

Na última sexta-feira, a Gazeta trouxe a informação sobre a instalação de um totem de emergência, colocado na entrada do Terminal Central Urbano, no centro. O dispositivo visa coibir casos de furtos ou roubos, mas o primeiro acionamento do botão de emergência do equipamento foi para tentar ajudar uma mulher, desconhecida, que teve um mal súbito no local.

A Central da Guarda Civil Municipal foi acionada pelo dispositivo por um rapaz que via uma mulher caída e que parecia ter espasmos musculares. Uma viatura, que patrulhava a região central, foi acionada e os agentes Camila e Fontanin foram ao local prestar apoio à mulher, que aparentava ter cerca de 65 anos.

“Quando cheguei, encontrei a mulher desacordada. Pelo pulso consegui perceber batimentos cardíacos. Fui com calma, chamando pela mulher até que ela recobrou a consciência, mas não conseguia falar”, relatou a guarda Camila. O Samu foi acionado, mas como o caso era menos grave, uma ambulância de transporte foi acionada para ajudar. “Tentei pedir para ela manter a calma e disse que estávamos ali para ajudá-la. Foi bonito, porque quando ela percebeu que era a gente, o olho dela encheu de lágrima e ia conversando e pedindo para ela apertar minha mão se estava entendendo”. Na chegada da ambulância, a mulher foi levada para o Hospital Humanitária, mas não foi identificada formalmente pela equipe da GCM. A Gazeta não conseguiu localizar a vítima.